GH Marmoraria & Vidraçaria

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pesquisa Mostra Vulnerabilidade dos Solos do Baixo Parnaíba

Imagem meramente ilustrativa

São Luís-MA (Agência Prodetec)

Um estudo a cargo de pesquisadores a Universidade Estadual do Maranhão mapeou a região do Baixo Parnaíba maranhense para verificar a vulnerabilidade natural de seus solos ante a erosão. Conforme Willinielsen Jackieline Santos Lago, Elienê Pontes de Araújo e Mércia Gabriely Linhares Teles, todos do Núcleo Geoambiental da UEMA, quase metade da área pesquisada apresenta grau de vulnerabilidade entre "alta" e "muito alta".


O trabalho, feito a partir do levantamento de uma série de dados e variáveis sobre o meio físico e o meio ambiente, é de grande relevância para a tomada de decisões por parte de órgãos governamentais ou privados, em relação a processos relativos ao uso do solo e planejamento geoeconômico.


A área analisada abrangeu as microrregiões dos Lençóis, Baixo Parnaíba Maranhense e Chapadinha, totalizando cerca de 15 mil quilômetros quadrados das bacias dos rios Parnaíba, Preguiças, Preto, Magu e seus tributários. A área representa 4,4 % do território do Estado e possui características naturais diversificadas, ocorrendo ecossistemas de cerrado, capoeiras, dunas e presença de manguezais na zona costeira.


Distribuição espacial

Segundo o mapa elaborado, resultado da integração e ponderação de dados de geologia, geomorfologia, uso e cobertura vegetal e tipos de solos, 43,2% da área apresenta alta vulnerabilidade natural e 1,3%, "muito alta", o que equivale a aproximadamente 6,5 mil quilômetros quadrados. Na categoria "média" foram enquadrados cerca de 7 mil quilômetros (48% da área total do estudo) enquanto 6,6% ficaram na faixa de "baixa" (6,3%) e "muito baixa" (0,3%).


De acordo com os pesquisadores, as áreas de vulnerabilidade baixa estão localizadas sobre vegetação de cerrado, caatinga, cerradão, mangue, carnaúba e restinga arbórea, apresentado solo do tipo latossolo. Por sua vez, as classificadas como de média abrangem principalmente "a formação barreiras e depósito de argilas adensadas com areias, nas unidades geomorfológicas de dunas móveis e nos relevos dissecado ondulado e forte ondulado com vegetação de campo cerrado, capoeira e babaçu e solos do tipo plintossolo, podzólico vermelho-amarelo e planossolos".


Os solos de alta vulnerabilidade estão concentradas nos depósitos eólicos litorâneos, com vegetação de dunas fixas, restinga arbustiva e herbácea e solo do tipo luvissolo enquanto os de vulnerabilidade muito alta correspondem às "formações Poti, Longá e superficiais, aos depósitos aluvionares, coluvionares, flúvio-marinhos, marinhos litorâneos, de mangues, cordões litorâneos e eólicos continentais", esclarece o estudo.

Tabela - Quantificação da classe de Vulnerabilidade Natural à Erosão.
Vulnerabilidade natural à erosão
Classe
Área (Km2)
% na Área
Muito Alta
188,2
1,29
Alta
6.311,5
43,25
Média
7.002,7
47,98
Baixa
920,2
6,31
Muito Baixa
47,6
0,33
Água
122,9
0,84
TOTAL
14.593,1
100,00


Elaboração dos autores.

Para saber mais acesse os anais do XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, 25-30 abril 2009, INPE.


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