O Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) Nacional e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (CDDH-Serra) estão trabalhando juntos na pesquisa e documentação de casos envolvendo as indústrias celulose e papel e as comunidades indígenas e quilombolas. A pesquisa dará origem a publicação intitulada: Estudo e relatório de impacto em Direitos Humanos em Grandes Projetos: o caso do eucalipto.
Trata-se de um dos “estudos de caso” que estão servindo como referência para o projeto maior do MNDH que visa elaborar uma metodologia, ainda em construção, de novos instrumentos de monitoramento quanto aos impactos dos grandes projetos sob a ótica dos Direitos Humanos, denominado Estudo e Relatório de Impacto em DH (EIDH/RIDH). Os outros três estudos de caso estão voltados para áreas de monocultivos de eucalipto no Rio Grande do Sul (em parceria com o Movimento de Mulheres Camponesas - MMC), da soja no Baixo Parnaíba/MA (com a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos – SMDH) e da cana-de-açúcar no Triângulo Mineiro/MG (Com a Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade). A Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e o Processo de Articulação e Diálogo entre agências ecumênicas europeias e parceiros brasileiros (PAD) figuram como copatrocinadores da iniciativa.
Segundo Gilsa Barcelos, coordenadora do projeto executado pelo CDDH-Serra, o avanço da indústria e do plantio da monocultura de eucalipto provocou uma enorme perda de territórios por parte das populações tradicionais: indígenas (Guarani e Tupiniquim) no município de Aracruz; e de remanescentes de quilombos nos municípios de São Mateus e Conceição da Barra.
Fonte: Pauta Social. Adaptado por Celulose Online.