Retomar um serviço que não ficou nem pela metade. Esse foi um compromisso assumido pela prefeita Ducilene Belezinha com relação à creche do bairro da Cohab, conveniada junto ao governo federal, ainda em 2011, pela gestão anterior. A obra, que na época, foi orçada em 1 milhão e 200 mil, tinha um prazo de conclusão de 270 dias, mas dois anos após o início dos trabalhos, o que se vê no local é o esforço da nova empresa, que assumiu a obra, após o destrato com a antiga e entrar com ação na justiça para realização de nova licitação.
Aqui a construtora teve que derrubar mais de 100 metros quadrados de paredes levantadas de maneira irregular, em alguns pontos elas estavam totalmente fora do padrão, com reboco de apenas 1 centímetro e meio. Janelas feitas em tamanhos menores não compatíveis com o que determina o convênio e estruturas de ferros expostas à ação do tempo, correndo o risco de corrosão.
“Muito do serviço deixado pela antiga construtora vai ter que ser todo refeito. Não podemos deixar uma obra do jeito que encontramos ser dada continuidade. São paredes tortas e estrutura metálica exposta. Foram quase sete meses de busca pela documentação e localização do empresa responsável pelo início da obra, mas agora vamos acompanhar de perto todo o trabalho” disse o secretário Aluízio Santos.
80%, do valor da obra, foram retirados pela gestão anterior e por quase um ano a atual administração buscou junto a justiça toda a documentação necessária para retomar a obra de maneira legal e também já tomou todas as providências judiciais para responsabilizar os antigos gestores. Para garantir a vinda de novos recursos para o município, como verbas para construção de escolas polos, creches, ônibus e não travar o sistema, a prefeita Ducilene Belezinha, teve que arcar com o prejuízo deixado por essas obras inacabadas.
“Infelizmente o município vai ter que arcar com mais esse prejuízo. Não podemos fazer um aditivo no projeto inicial e não podemos deixar a obra do jeito que está”, acrescentou o secretário.
São quase 800 mil reais de prejuízo só com a creche do bairro da Cohab. De acordo com o secretário Aluízio Santos, quando a antiga empresa foi localizada, a única providência que ela tomou foi retirar, de maneira indevida, o material do canteiro de obras, entre tijolos, areia, ferro e até uma caixa d´água. Neste caso o município registrou um boletim de Ocorrência.
Além dessa creche que faz parte do Programa Federal Pró-Infância, com o objetivo de beneficiar centenas de famílias da região. Outra construção que ficou pela metade foi a da creche da Praça do Viva, no Campo Velho. Aqui foram mais de 200 mil reais retirados do convênio e quase nada foi feito no local.
Ainda de acordo com o secretário, só na pasta de infraestrutura o rombo nos cofres públicos soma mais de 50 milhões de reais, entre obras inacabadas.
A prefeitura de Chapadinha, agora trabalha para entregar a creche à população num prazo de 1 ano. E para garantir a execução da obra dentro do cronograma, profissionais do município irão fiscalizar o andamento dos trabalhos.
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