
O motivo do crime é que o ex-vereador os assediava sexualmente
com muita insistência. O ex-parlamentar já havia sido preso em junho de 2010, na
cidade de Barreirinhas, por determinação da Justiça, suspeito de abusar de
menores.
A apreensão dos menores foi feita pela Polícia Militar de
Paulino Neves (município distante 230 km de Chapadinha). “Os adolescentes confessaram que mataram a vítima porque ela os
importunava com convites para que mantivessem relações sexuais. Ambos, em
depoimento, disseram que não suportavam mais a insistência do ex-vereador, e por
isso decidiram matá-lo. Desde a data do crime, nos empenhamos nas buscas pelos
autores e, sábado à noite, conseguimos localizá-los em residências no Centro da
cidade, e no bairro Campos Verde”, detalhou o sargento Alcineves.
O ex-parlamentar foi assassinado a golpes de faca e pauladas, em
um crime de latrocínio, já que os bandidos roubaram seu quadriciclo. O corpo do
ex-vereador foi encontrado no fim da tarde de sábado e, logo em seguida, a
polícia localizou os autores do crime, que estavam circulando tranquilamente
pela cidade no veículo da vítima. Eles somente retiraram os adesivos amarelos do
veículo e passaram a rodar com o veículo em sua cor original, que é
vermelha.
Como a polícia e familiares já estavam à procura de Edivaldo
Oliveira Marques, reconheceram o quadriciclo e abordaram seus condutores. Foi
então descoberto que os adesivos tinham sido arrancados e enterrados com o corpo
em uma área afastada da cidade. Após confessarem o crime e levarem a polícia ao
local onde o corpo estava enterrado, os suspeitos foram transferidos para a
delegacia de Tutoia, onde foram interrogados e confessaram o crime. Em 2004,
Edivaldo Oliveira Marques foi investigado pela CPI da Pedofilia.
Prisão - Em junho de 2010, Edivaldo Oliveira Marques foi preso
na cidade de Barreirinhas, suspeito de abusar sexualmente de adolescentes de 14
anos, na cidade de Paulino Neves. De acordo com a polícia, o ex-vereador matinha
relações sexuais com adolescentes. Em troca, o ex-vereador dava dinheiro às
vítimas. Em depoimento, dois jovens denunciaram os abusos cometidos pelo
ex-parlamentar que, na época, segundo a delegada Viviane Fontenelle, apresentou
várias contradições em seu interrogatório, o que fortaleceu as suspeitas.
Fontenelle, na ocasião, disse em entrevista à Rádio Mirante AM
que Edivaldo Oliveira Marques negou que o dinheiro fosse para pagar relações
sexuais com as vítimas, mas que dava aos garotos apenas como uma “ajuda
financeira”. Durante as investigações, foi divulgado pela Polícia Civil que o
ex-vereador costumava pagar quantias entre R$ 20,00 e R$ 40,00 para os
adolescentes. Na época que foi alvo da CPI da Pedofilia, o parlamentar de
Paulino Neves se reservou ao direito de falar apenas em juízo. Desde então,
outras acusações foram atribuídas a ele.