Interdição da BR 222, às 7h da manhã
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Por volta das 7h da manhã, desta quarta-feira (17), a comunidade do povoado Baturité, distante 40 quilômetros de Chapadinha, interditou por cerca de meia hora a BR 222 para deflagrar uma ocupação e para protestar contra a morte de um trabalhador ocorrida há quase 12 anos, sem que o crime fosse esclarecido e os mandantes e executores tenham sido punidos.
Outro 17 de Abril
Ainda durante o protesto lideranças da comunidade e representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, lembraram o massacre de Eldorado dos Carajás que teve o saldo trágico de dezenove agricultores mortos pela polícia do estado do Pará, que aconteceu no dia 17 de abril de 1996.
Manifestantes na Localidade Baturité
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Depois de liberar a passagem dos veículos e agradecer a compreensão dos motoristas, o grupo adentrou a mata e ocupou um acampamento onde empregados de um fazendeiro que se diz proprietário da área se preparavam para iniciar colocação de uma cerca em terras que a comunidade alega pertencerem ao INCRA, já desapropriada para fins de reforma agrária e que já vinha sendo usada por muitos anos pelos moradores do Baturité.
Uma vez paralisados os trabalhos, os funcionários do suposto grileiro foram expulsos do local, mas o clima de tensão aumentou quando o fazendeiro teria declarado intensão reagir à ocupação ainda na manhã desta quarta-feira (17).
A comunidade do Baturité afirma que tudo ia bem até que um senhor por nome Carlos Gabriel, que seria natural do estado da Paraíba, teria chegado ano passado com documentos se dizendo proprietário das terras. Os moradores do Baturité, que são ligados ao MST, suspeitam que a documentação seja produto de fraude.
Cartucho de Calibre 12 Encontrado no Acampamento
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A Volta da Violência
Com cartuchos de munição deflagrados (possivelmente de calibre 12) encontrados perto do acampamento e com o histórico de homicídio de um sem-terra e uma tentativa de morte contra pessoa da outra parte do conflito que aconteceu em 2001, a comunidade teme a volta da violência na localidade.
Trabalhadoras Removendo Madeira da Cerca
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Moradoras Iniciando o Desmonte do Acampamento
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Acampamento Já Desmontado |
O blog (do Alexandre Pinheiro) esperou Carlos Gabriel pela manhã para ouvi-lo, mas até às 14 horas ele não havia chegado ao local. Nenhum incidente foi registrado até o momento.