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| A beleza da flor do piqui | 
Antes da chegada da soja no 
Cerrado Maranhense, no final da década de 70, inicio dos anos 80 -  o fruto do 
piqui era encontrado com abundância nos chapadões do sul do Estado. Com 
derrubada de toda a cobertura vegetal do cerrado para o plantio da leguminosa, o 
fruto está ameaçado de extinção.
O piquizeiro,  como é conhecido 
pelos sertanejos, é uma árvore frondosa que chega a 10 metros de altura.  Seu 
fruto tem uma  polpa rica em óleo comestível, sendo muito rica em vitamina A e C 
e proteínas.  Altamente calórico, perfumado, assim como o gosto meio adocicado, 
é usado como condimento.
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| O piqui | 
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| Galinhada com piqui | 
Os frutos são muito usados para 
se cozinhar com arroz ou outros pratos salgados, das mais variadas formas: 
cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, no leite, e na 
forma de um dos mais apreciados licores de Goiás.
A amêndoa ou castanha é 
comestível e muito saborosa. É utilizada na indústria de cosméticos para a 
produção de sabonetes e cremes, usado para fortalecer a pele. O óleo da polpa 
tem efeito tonificante, sendo usado contra bronquites, gripes, resfriados e 
controle de tumores. O chá das folhas é tido como regulador menstrual, 
combatendo também enfermidades dos rins e bexiga.
 O 
cruel da história do piqui no Cerrado Maranhense é que pode desaparecer bem 
antes de se conhecer e explorar o seu potencial de forma comercial. Ninguém aqui 
é contra o desenvolvimento, mas, a preservação é importante tanto para quem 
conheceu de perto o potencial do piqui como para as gerações futuras.
 
