*Por: Herbert Lago
“Imparcialidade” e “perseguição” são palavras que, vira e mexe, aparece em editoriais ou artigos dos Blogueiros de Chapadinhense. Os articulistas desses veículos fazem então das tripas coração para defender essa suposta máxima que, garantem, rege o dia-a-dia das suas postagens ou redações.
Como se fosse possível a alguém simplesmente se despir completamente de toda a sua vivência, aprendizado e visão de mundo para escrever sobre um fato. Se você duvida, então peça para pessoas diferentes descreverem com riqueza de detalhes, por exemplo, um acidente de trânsito ocorrido na Avenida Ataliba Vieira de Almeida. Nunca, jamais, elas ilustrarão o ocorrido da mesma maneira. E, via de regra, alguém vai tomar partido para um dos lados.
Aqueles que esperneiam histericamente em defesa de órgãos de comunicação – Blogs, imprensa escrita, falada ou televisada - operando com 100% de independência estão chovendo no molhado. Eles esquecem que entre os poderes que regem as sociedades e os povos, sejam eles impostos nos regimes democráticos (eleições) ou totalitário (com a perda da liberdade), os órgãos de comunicação ocupam o quarto lugar.
Sou dos que abraça a tese de que, se Deus não existir, jornalismo imparcial também não. Porque, em se tratando de jornalismo, imparcialidade é um conceito muito anunciado, mas impossível de ser conseguido. Jornalistas ou jornais muitas vezes se dizem imparciais e neutros. Porém, uma breve olhada em diferentes manuais de redação vai nos permitir observar que a neutralidade total nunca será atingida. Portanto, até onde podemos limitar nossa linguagem? Como promover o auto-policiamento ou mesmo impedir que um dos nossos blogueiros, escrevem o que pensam? Sou defensor da manutenção do sagrado e imutável direito da livre expressão do pensamento!
*Poeta e Escritor Chapadinhense - radicado na Capital Federal, Brasília (DF)
Extraído do blog A Prosa
Extraído do blog A Prosa