sexta-feira, 17 de maio de 2013

Campus de Chapadinha realiza Workshop e Dia de Campo sobre Intensificação Ecológica da Agricultura no Trópico Úmido

*Por Ivandro Coelho

Discutir opções de planejamento e manejo de propriedades agrícolas que compatibilizem segurança alimentar, geração de renda, conservação da biodiversidade e ampliação dos serviços ambientais é o principal objetivo do “Workshop e Dia de Campo sobre Intensificação Ecológica da Agricultura no Trópico Úmido – Ambiente e alimentos saudáveis para todos”, que começa nesta sexta-feira (17) e prossegue até sábado (18), no Centro de Ciências Agrárias e Ambientais de Chapadinha - CCAA/UFMA.
O evento é promovido pelo Programa de Pós-graduação em Agroecologia da Universidade Estadual do Maranhão- UEMA, Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, e conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES e Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão - FAPEMA.
Durante o encontro, o público terá acesso a palestras e mesas redondas onde serão debatidas alternativas para o manejo sustentável dos agrossistemas tropicais, especialmente a Amazônia maranhense. Entre os temas a serem discutidos, estão “Importância estratégica da agricultura ecológica para o enfrentamento da pobreza no Estado do Maranhão” e “Intensificação da produção de alimentos no âmbito da Integração lavoura-pecuária”. As atividades ocorrerão no auditório do CCAA e contarão com a participação de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, Universidade Estadual do Maranhão e UFMA.

O evento encerrará com um Dia de Campo no Povoado Assentamento – município de Brejo, localizado depois do povoado Palestina. Na programação, está prevista, entre outras atividades, uma mesa redonda sobre o “Potencial da Intensificação Ecológica da Agricultura do Maranhão”. “O que estamos buscando é uma alternativa que supere a dualidade entre agricultura predatória (rentável) e agricultura ecológica (deficitária), abrindo um caminho para a transformação da nossa paisagem agrícola”, explica a professora do CCAA e coordenadora do evento, Alana Aguiar.

Alternativas – De acordo com a professora Alana Aguiar, o Maranhão não possui de modelos de agrossistemas alternativos que correspondam às expectativas das comunidades rurais e que atendam aos requisitos de sustentabilidade exigidos para a região amazônica, onde apenas 20% da área das propriedades podem ser destinadas à exploração agropecuária. Segundo ela, quase metade da população do nosso estado pratica uma agricultura itinerante e extrativista que superexplora os recursos naturais. “Isso gera um círculo vicioso em que a pobreza aumenta a pressão sobre os recursos naturais e a degradação desses recursos aumenta a pobreza”, declarou a professora.
Para a pesquisadora, a mudança no modelo de exploração das propriedades agrícolas é importante não apenas por causa da necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a vida dos trabalhadores rurais. “A substituição dos sistemas convencionais de produção também é importante porque eles causam forte impacto sobre o meio ambiente e trazem conseqüências graves sobre a sustentabilidade dos ecossistemas locais”, disse. Além da professora Alana Aguiar, também participa da comissão organizadora do evento o professor Lívio Martins, do curso de Zootecnia do CCAA.



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