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terça-feira, 5 de maio de 2009

Saúde: Verbas Aumentam e Serviços Caem

por Alexandre Pinheiro
Enquanto o sistema de saúde de Chapadinha vem sendo alvo de reclamação de usuários e críticas da imprensa, os repasses aumentaram. Conforme se apura no sitio do Fundo Nacional de Saúde, Chapadinha recebeu ano passado mais de 14 milhões de reais para a saúde, verbas que nos três primeiros meses já somam mais de 3 milhões, incluindo parte de Abril.

Fazendo um comparativo entre este trimestre inicial de 2009 e o mesmo período de 2008 verifica-se enquanto o ano anterior os repasses foram da ordem de 1,8 milhão o atual verificou 2,5 milhões, um acréscimo de quase 700 mil reais (veja quadro abaixo).

Profissionais da área, avessos a polêmicas, têm vindo a público expor os problemas. Foi o que aconteceu recentemente quando o médico Josué Portela divulgou uma carta-aberta relatando a situação e lamentando que a queda da qualidade dos serviços venha no caminho inverso do aumento das verbas.

Os usuários reclamam que é comum faltar medicamentos básicos como antiinflamatórios e anestésicos. Recentemente um impasse entre setor de compras da prefeitura e fornecedores levou ao desabastecimento de alimentos aos hospitais HAPA e HCC, o que foi contornado pela criatividade dos funcionários. As ambulâncias, recurso fundamental onde faltam médicos de plantão ou condições efetivas de resolução das urgências, a cidade que já contou com 4, hoje só tem uma para servir a população de um município com mais de 70 mil habitantes, indo e vindo constantemente de São Luis, ameaçando parar definitivamente a qualquer hora.

Os problemas na área da saúde chegaram a tal ponto que já seriam alvo do ministério público. As promotorias estariam investigando as condições de atendimento nos hospitais e já teriam requisitado prontuários de pacientes que vieram a óbito.

Mesmo depois que a situação da saúde e do atendimento nos hospitais se agravaram, provocando reações da sociedade, nem Secretaria de Saúde ou Prefeitura se manifestaram a respeito. Sem saber o que as autoridades pretendem fazer a respeito a população segue desassistida.

* Matéria Publicada na 3ª Edição da Folha do Baixo Parnaíba que circulou no último dia 30 de abril.

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