A equipe da Secretaria Municipal da Assistência Social (SEMAS) deve realizar uma força tarefa, a partir da próxima semana, para fazer um levantamento da real situação das famílias que tiveram seus benefícios do Bolsa Família, cancelados. Os trabalhos devem ser intensificados até o fim desse mês, prazo que termina a realização do cadastro e recadastro. A informação foi dada pelo secretário Francisco das Chagas Lima Paiva, em entrevista concedida ao programa Balanço Geral - da Rádio Cultura FM, na tarde desta segunda-feira (04 ).
De acordo com o secretário, hoje, 2.900 famílias, beneficiárias do programa, estão com seus cadastros sob auditoria por não terem atualizado as informações junto ao governo federal, com inclusão ou exclusão de dependentes e até aumento da renda familiar. E mais 269 tiveram os benefícios cancelados por falta de atualização de dados.
“O cadastro deve ser feito a cada dois anos. A família que não repassar as informações corretas corre o risco de perderem o benefício. Esses dados são lançados para o MDS que faz o cruzamento de informações que podem se chocar, por isso precisamos que todos colaborem. Não queremos prejudicar ninguém. Quem tem direito ao benefício vai receber”, disse o secretário.
De acordo com a assistente técnica do programa, Andiara Melo, criou-se uma especulação em torno da variação do valor pago pelo Bolsa Família, ela esclareceu que mesmo o cartão sendo um só, algumas famílias recebem, temporariamente, outros benefícios que após um período são retirados.
“São vários programas inclusos no CadÚnico que pode abranger outros benefícios. A família deve ficar atenta aos prazos de duração de cada benefício para não ser pega de surpresa com a retirada de algum valor”, disse a assistente.
Quanto aos boatos de que o município estaria realizando corte nos valores do programa e excluindo famílias, o coordenador, Pedro Cunha, esclareceu que só quem tem o poder de fazer qualquer alteração é o governo federal.
“A secretaria não tem acesso às contas. O papel do município é fazer o acompanhamento pelo sistema que faz o cruzamento de dados e após isso realiza a triagem para saber quem se enquadra no perfil do programa”, informou o coordenador.
A equipe da secretaria respondeu a perguntas feitas pelos ouvintes, que por telefone, participaram da entrevista.
Um dos principais questionamentos diz respeito a quem tem direito ao benefício. O calculo básico é a renda familiar que não pode passar de R$ 140 per capita, ou seja, a soma total da renda da família não pode passar de R$ 140 reais por pessoa.
Para a realização do mutirão, a secretaria de saúde também deve colaborar com o trabalho dos agentes comunitários de saúde que farão a busca por domicílio.
“A cidade foi dividida em 5 polos (bairros Areal, Terras Duras, Campo Velho, Corrente e na sede para atender a zona rural). Se houver necessidade ampliaremos o número de polos para atendermos a todos” - esclareceu o secretário.
O secretário adiantou também, que após o término dos trabalhos de cadastro e recadastro, a secretaria deve realizar a busca ativa de famílias, que tem direito, mas que ainda não estão inclusas nos programas do governo federal.