O serviço foi solicitado pela direção do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Chapadinha e foi atendido prontamente pela Prefeitura de Chapadinha, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. O objetivo dessa ação é diminuir gastos com deslocamentos de presos para hospital e evitar doenças dentro da unidade.
De acordo com o diretor da unidade, Raimundo Peres Galvão, há 15 dias foi feita uma triagem dos pacientes que precisavam de atendimento e na manhã desta quarta-feira (06), médico e técnico em enfermagem do município, realizaram o serviço de consulta, aferição de pressão e entrega de medicamentos básicos, tais como: anti-inflamatórios, antifúngicos, bactericidas, antibióticos e soro.
“O atendimento humanizado ajuda a mudar o comportamento dos detentos, que passam a ter assistência médica, melhorando também, a autoestima dos mesmos que passam a ter mais dignidade”, disse o diretor.
Essa é a primeira vez que o município realiza um trabalho dessa natureza. A última vez que os detentos tiveram atendimento foi em agosto do ano passado durante a semana do encarcerado promovida pelo Governo do Estado.
O detento J.C.C., de 21 anos, tem gastrite e conta que há muito tempo toma remédio para tratar a doença, agora preso, mas com assistência médica, ele vai poder continuar o tratamento.
“Acho muito bom esse atendimento. Eu sofro muito com dores no estômago. Depois da consulta, vou poder continuar tomando os remédios”, disse o detento.
A consulta é feita pelo médico Silvio Andrade que avalia o estado de saúde dos detentos analisa o quadro clínico e prescreve a medicação correta. Alguns medicamentos básicos já são logo entregues outros devem ser adquiridos.
O médico conta que realiza atendimento carcerário pela primeira vez e afirma que o serviço é igual aos postos de saúde e consultórios.
De acordo com o médico, quando presas, as pessoas ficam mais ansiosas e tendem a intensificar dores e desconfortos. A atenção deve ser voltada para identificar esses sintomas e fazer a prescrição adequada. Mas no geral, os casos são de problemas respiratórios (gripes e resfriados ), dores musculares, hipertensão, inflamações e fungos.
“Possibilitar aos detentos um atendimento médico preventivo ajuda a melhorar a qualidade de vida e também o convívio dos mesmos dentro da cadeia”, afirmou o médico.