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sexta-feira, 20 de julho de 2012

SÃO BERNARDO: Prefeito é Denunciado na Polícia por Retenção de Salário a Funcionários

Três meses sem salário. É assim que muitos funcionários municipais de São Bernardo (município distante 125 km de Chapadinha) estão. A denúncia partiu dos próprios servidores, que se dizem prejudicados sem receber seus vencimentos.


Preciso desse dinheiro para pagar minhas contas. Trabalho para isso. Sem meu salário, além de atrasar meus compromissos, estou vendo que vou passar fome”, denunciou um funcionário que preferiu não se identificar.


Depois de três meses recebendo seu salário atrasado, o auxiliar administrativo concursado Kleuson Michael Cardoso, de 30 anos, resolveu denunciar a prefeitura e registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia de Polícia Civil do município contra o prefeito José Raimundo da Costa (foto). O funcionário público disse ainda que depois irá acionar o Ministério Público pedindo a punição do prefeito municipal.


Isso que a prefeitura está fazendo é um crime. Isso é retenção dolosa de salário e segundo a Constituição Federal constitui crime de responsabilidade do titular do poder. Então vou buscar os meus direitos e de todos os outros funcionários que estão sendo prejudicados com essa afronta e vou lutar também pela punição dos culpados”, enfatizou Kleuson.


Kleuson Michael disse ainda que muitas pessoas não denunciam o caso e permanecem caladas por medo de sofrerem repressão.


O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de São Bernardo, Emanoel de Freitas Mourão, disse que o descontentamento é geral entre o corpo de funcionários. Segundo ele, há funcionários que estão há dois meses com o salário atrasados e outros, com a situação bem mais grave, estão há quatro meses sem receber seus vencimentos.


Não há responsabilidade nenhuma por parte da prefeitura com os funcionários e muito menos com o dinheiro público. Funcionários há quatro meses sem receber o que lhe é de direito pelo seu trabalho, é uma situação inadmissível”, comentou.


Subfuncionários
O presidente do sindicato denuncia também a contratação de várias pessoas no período pré-eleitoral sem nenhum critério trabalhista. Segundo Mourão, esses funcionários contratados ganham menos de um salário mínimo e não têm nenhuma garantia de vínculo empregatício.


Essas pessoas são o que definimos como subfuncionários. Eles ganham entre R$ 100 e R$ 150 e mesmo assim, ainda com atraso. Já estou com os documentos em mãos para denunciar essa irregularidade ao Ministério Público”, relata o sindicalista.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura nos números (98) 3477-1892/3477-1136 e 3477-1139, mas não foi possível falar com alguém que pudesse se pronunciar sobre o assunto.
 

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