Tenho pensado nos último dias, observado a nossa realidade regional e nacional, quais são os sete grandes pecados capitais dos nossos políticos. Confesso que a lista foi extensa e a tarefa de escolher os principais não foi nada fácil. É claro que a lista a seguir é uma sugestão pessoal, você leitor poderá eleger outros mais relevantes. Vamos então ao pecados corriqueiros dos nossos políticos.
Desse não me lembro de algum político que escape Uns mais, outros menos, porém todos praticam. E engana-se quem pensa que corrupção é apenas roubar dos cofres públicos. O problema é tão sério que as suas ramificações são inumeráveis. E o pior de tudo é que não existem inocentes, até uma ala do povo favorece e ajuda a promover essa prática. O clientelismo é uma das faces mais visíveis da corrupção, isto é, a troca de favores entre o político e o eleitor (cliente), onde não se visa o interesse público, mas o de indivíduos ou grupos. Não dá para classificar todas as formas de corrupção, mas tentaremos fazer pequena lista desse pecado letal ao estado de direito: suborno, compra de votos, compra de apoio político, desvio do dinheiro público, superfaturamento de obras, uso de laranjas, farra com o dinheiro público e por aí vai.
Entende-se por nepotismo a prática de empregar parentes na administração pública, especialmente para os cargos de chefia e confiança, fazendo da organização administrativa um retrato da árvore genealógica da família. É uma prática corriqueira dos nossos políticos não sabem diferenciar o público do privado.
Nesse tipo de pecado o poder representativo se confunde com o coronelismo. No despotismo apenas um governa e dita as regras do jogo, abafando de todas as formas as vozes contrárias às suas ações. Os déspotas de hoje não detêm a mesma força dos séculos passados, até chegam ao poder pelas vias democráticas, mas tentam se perpetuar de forma absoluta através de ações inescrupulosas e arbitrárias.
Esse é bem conhecido de todos. Na política a inveja está em todos os cantos. Está tanto naqueles que almejam o poder quanto naqueles que já estão lá mas pretendem chegar ainda mais alto, nem que para isso tenha que puxar o tapete do colega.
Essa é a mãe de muitos pecados, pois toda ação política tem um "q" de vaidade. Nossos políticos fazem de tudo para aparecer e adoram ver seus egos inflados. Para isso contam com os puxa-sacos de plantão e uma legião de ignorantes que exaltam suas "façanhas" políticas.
Político que não tem ambição está fadado ao fracasso.Pasmem, mas é isso mesmo, esse pecado é tão necessário quanto tortuoso. A principal ambição é sempre por dinheiro (ganância) e poder. Esse pecado é a cara do mundo em que vivemos, onde todos querem ocupar os mais altos postos e ter toda regalia possível, nem que para isso tenha que pisar, roubar e passar por cima de quem quer que seja.
Se para chegar ao poder o político mente, para se manter no cargo usa de mais falsidade ainda. Esse é um atributo abundante no rol dos nossos representantes. Em época de eleição a falsidade está estampada em todo o canto. E o pior de tudo é que não é exclusividade dos políticos, até eleitores usam de mentira para obter vantagens. Quando eleito, o político terá de manter a mesma falsidade se abraçando com "mandacarus" para poder governar, tendo que elogiar, agradar, falar bem e até se desfazer dos princípios que lhe restavam para se manter no poder.
Fiquem livres para opinar, discutir e discordar. Isso é apenas um pouco do que vemos na nossa realidade. Em tempos de eleição é preciso pesar os prós e os contras de cada pecador, digo, candidato. Muitos desses vícios podem ser amenizados se nós agirmos como cidadãos conscientes do nosso papel na democracia. Não basta apenas votar e eleger candidatos, é preciso atuar como fiscais do interesse público durante os quatro anos em que eles permanecem no poder. Lembre-se, a participação do eleitor não se reduz à urna.