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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Wando faz show em Chapadinha com direito a pecado, suor, romantismo e calcinhas

Wando ladeado pelo aniversariante Eduardo Sá e esposa Ilza Sá
Texto e Fotos: Sousa Neto
Foi de um carinho de avó que Wanderley Alves dos Reis ganhou o apelido célebre. Wando, um dos símbolos da música romântica nacional, já foi músico de baile de formatura, motorista de caminhão e feirante.
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Com quase 30 anos - e a ajuda preciosa do cantor Jair Rodrigues -, finalmente colocou os pés no mundo musical, com as versões de sucesso do veterano sambista para suas composições O importante é ser fevereiro e Se Deus quiser.

Chapadinha, noite da última sexta-feira 15 de outubro de 2010, Aldeota Clube com público de grandes shows, meia-luz e rosas no palco. O show era um oferecimento do aniversariante do dia empresário Eduardo Sá (leia-se Emflora), que além de reunir a família teve o bom senso de colocar ingressos à venda para quem gostaria de curtir o espetáculo. 

Grupo musical Oásis fez a abertura do Show de Wando
Coube ao grupo musical Oásis, que tem como vocalista a radialista chapadinhense Cecília Barros, fazer a  abertura. O repertório agradou a todos os presentes. 

O cantor Wando chegou por volta de 1h e bem-humorado, cumprimentava os presentes com um sorrisinho de canto de boca. Foi direto para o camarim. Nem bem chegou ao destino (palco) e já atacou com Gosto de Maçã, sob os aplausos e gritos femininos.
 
Além de clássicos do próprio repertório, também presenteou o público com pérolas como Deixa eu te amar, de Agepê, Cabecinha no Ombro (clássico da música sertaneja nas vozes de Castainha & Inhana), Mulheres, de Martinho da Vila e até De volta para o aconchego, de Dominguinhos, imortalizada por Elba Ramalho, contando com um coro animado. Brincou com a plateia, até com as mulheres acompanhadas.

- Essa canção vai pra aquela mulher que sabe cruzar as pernas na hora certa e descruzar na hora exata.

Wando cantou, divertiu e se divertiu também fazendo piadas, violão empunhado, procurando viúvas e pedindo coro dos homens fieis.

- Agora, só cantem comigo aquelas que estão sem marido, não (...) há mais de um ano e estão louquinhas...

A voz não compromete, cantando ou conversando. E já na terceira canção, agarra uma calcinha rosa e a interpreta agarrado à peça. Limpa o suor com ela. Mais berros. Seu nome está bordado na lingerie.

Mesmo investindo no samba em seu primeiro álbum, Glória a Deus no Céu e Samba na Terra, foi justamente o segundo disco do mineiro de Cajuri - com suas baladas romântico-bregas - que estourou em todo o Brasil.

Moça, de 1975, tornou Wando estrela do gênero e ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas com sua obra. E o clássico ganha desta vez uma interpretação mais intimista, além de um empolgado coral.

Wando ladeado pela Profª Olga (com a calcinha) e Dalva Clemente
A fantástica coleção de calcinhas
Sem ser prejudicado por rótulos e preconceito da crítica, o artista atravessou os anos 80 como um dos maiores vendedores de discos no Brasil. E aproveitando-se do erotismo como marca registrada, o cantor e compositor também bateu um recorde nada convencional: uma fantástica coleção de calcinhas, atiradas pelas fãs durante suas apresentações.

Aproveitou os álbuns seguintes ao sucesso Obsceno, de 1988, para retribuir o gesto e presenteá-las com maçãs e pérolas, que acompanhavam os CDs.

Wando prometeu e tocou seus grandes hits. E também confirmou a chamada performance unissex.

- Meu show é um carinho para as mulheres e um conselho para os homens saberem como amá-las.

Wando interage com o público
Canções como Fogo e Paixão, Safada, Uivando de paixão, Chora, CoraçãoAmor Vira-Lata foram ouvidas, enquanto o cantor distribuiu as famosas calcinhas perfumadas e personalizadas.

O show No Tempo Em Que a Gente Era Feliz e Não Sabia foi apresentação única em Chapadinha. E para quem ainda duvida dessa alternativa de diversão, o próprio artista responde com um nome de álbum de 1985: "vulgar e comum é não morrer de amor".

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