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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

URE/Chapadinha: Sobre a Redução da Carga Horária do Professor de 16 para 13 Horas/Aula em Sala de Aula

É louvável a conquista dos educadores de todo o Brasil ao se garantir em Lei uma jornada de trabalho que assegure 1/3 da carga horária destinada a atividades de planejamento, estudo e atividades pedagógicas extra-classe.
No caso do Maranhão, de um total de 20 horas aulas de trabalho do professor, 13,33 deverão ser cumpridos em sala de aula e, por sua vez, 6,67 com outras atividades. Antes esse tempo era de, apenas, 4 horas aulas.
Em consideração ao debate e às reivindicações dos educadores, na pessoa do Gestor Jânio, em consonância com o pensamento e a fala do sr. Secretário de Estado da Educação, Dr. Pedro Fernandes, a Unidade Regional de Educação (URE) de Chapadinha declarou e reafirma seu amplo apoio ao cumprimento da legislação educacional e às conquistas dos educadores.
O Governo do Estado encontra-se em debate como sindicato e em análise de valores para definir o valor da hora aula. Contudo, já se tem uma definição: cada educador receberá o correspondente a um percentual de seu salário. Entretanto, o valor será superior a 20 Reais por hora aula.
Os professores não são obrigados a aderir à proposta, mas ressaltamos que a redução imediata da carga horária em sala de aula ampliará ainda mais o déficit de professores na Rede Estadual de Ensino, o que não poderá ser corrigido até que se realize o concurso, tendo em vista a impossibilidade de novas contratações.
O prejuízo às comunidades será significativo e, por isso, a URE de Chapadinha realiza um apelo aos educadores do Baixo Parnaíba que possam aderir à proposta das 16 horas, com hora extra, pelo menos em regime temporário, tendo em vista a necessidade de amenizar a problemática.
 
O compromisso do Governo do Estado com o concurso é uma bandeira de luta dos educadores. Por outro lado, a prestação de serviços educacionais, com qualidade, à população é outra bandeira de luta e que estará sendo o lado mais fragilizado de toda essa situação.
 
Além de tudo isso, corre paralelamente uma discussão sobre a regulamentação e a estruturação das horas pedagógicas extra-classe. Em linhas gerais, esse tempo pedagógico tem sido utilizado por muitos educadores como "tempo de folga" ou com outra atividade profissional. Junto a esse debate vem a questão dos 4 ou 5 dias trabalhados, em que muitos reivindicam 3 ou 2. Esse debate ganhará corpo assim que a discussão sobre as horas estiver assentada.
 
O que não podemos perder de vista é o fato de que a conquista dos educadores em relação à ampliação do tempo pedagógico extra-classe se deu com vistas à melhoria da qualidade das condições para preparar as atividades do magistério, especialmente as aulas. A ocupação desse tempo pedagógico com outras atividades profissionais não condiz com esse esforço pela melhoria da qualidade e elevação dos indicadores educacionais do Maranhão.
Por tudo isso, a URE de Chapadinha conclama mais uma vez os educadores à reflexão e à adesão à proposta das 16 horas, com hora extra.
Sempre lembrando que essa adesão constitui-se algo voluntário e consciente dos educadores, em nada havendo obrigatoriedade ou pressão para o seu cumprimento.
De já, agradeço a compreensão e a colaboração.
 
 
Jânio Rocha Ayres Teles
GESTOR REGIONAL DE EDUCAÇÃO
 

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