Blog do Marcos Rocha
A comunidade do povoado de Bracinho, localizado no município de Urbano Santos (a 63 km de Chapadinha), por meio de sua Associação Comunitária Gabriel Alves de Araújo, como é chamada, vem fazendo sucessivas denuncias de que a Suzano Papel e Celulose está na iminência de tomar a força e a bala, caso seja preciso, as terras de 3390 Hectares, que pertence ao governo do estado. “Uma vez eles (representantes da Suzano) vieram com tratores e seguranças armados e tentaram invadir as terras. Nós resistimos e os seguranças chegaram a atiraram para o alto para tentar nos intimidar. Diante de nossa resistência, eles acabaram indo embora, mas ameaçaram a invadir nossas terras novamente a qualquer momento”, disse Alberto Araújo, um dos conselheiros da associação.
A comunidade do povoado de Bracinho, localizado no município de Urbano Santos (a 63 km de Chapadinha), por meio de sua Associação Comunitária Gabriel Alves de Araújo, como é chamada, vem fazendo sucessivas denuncias de que a Suzano Papel e Celulose está na iminência de tomar a força e a bala, caso seja preciso, as terras de 3390 Hectares, que pertence ao governo do estado. “Uma vez eles (representantes da Suzano) vieram com tratores e seguranças armados e tentaram invadir as terras. Nós resistimos e os seguranças chegaram a atiraram para o alto para tentar nos intimidar. Diante de nossa resistência, eles acabaram indo embora, mas ameaçaram a invadir nossas terras novamente a qualquer momento”, disse Alberto Araújo, um dos conselheiros da associação.
Tentando evitar o pior, o presidente da associação, Francisco Mota de Souza, enviou em abril do ano passado, um ofício ao Instituto de Colonização e Terra Maranhão (Iterma) pedindo a regularização das terras em nome da comunidade, que segundo eles são os verdadeiros posseiros, onde vivem cerca de 38 famílias há mais de uma década, sobrevivendo do plantio de Piqui, Bacuri e da roça de toco.
A cobiça da Suzano em torno das terras é o desmatamento da área para a plantação de Eucalipto, atividade altamente rentável e que gera milhões de reais em receitas para a empresa. Atualmente, a Suzano dispõe de uma enorme área de plantação de eucalipto (longas faixas de plantações de 400 hectares) muito bem vigiada por seguranças armados, situada na região chamada Fazenda Água Branca uma das duas sedes da empresa de papel e celulose, no município de Anapurus (a 29,8 km de Chapadinha). Esta área, antes pertencia a Margusa que as utilizava para a produção de carvão. Atualmente nela, há mão-de-obra rural da região empregada.
Porém, um dos gestores da Suzano, identificado pela associação como Lourival nega que a empresa seja pivô dos conflitos e acusa a própria comunidade de está desencadeando as intrigas. Como resposta, a Suzano demitiu 280 trabalhadores da comunidade que foram empregados na sede da empresa na Fazenda Água Branca de forma temporária e pretende demitir nos próximos dias mais 100.
Para os diretores da associação, essa oferta de empregos aos trabalhadores rurais foi uma manobra encontrada pela empresa para facilitar a conquista das terras. “Eles chegaram à comunidade e disseram que iria empregar os trabalhadores rurais na empresa. Essa é uma forma de ela (Suzano) comprar a confiança dos trabalhadores rurais e, assim obter as terras facilmente. Depois que eles têm a certeza da posse da terra dá um chute no traseiro dos trabalhadores”, revelou Alberto Araújo.
Mas parece que a batalha da comunidade em torno da legalização das terras a seu favor, dispõe de um inconveniente. De acordo com a comunidade, o Iterma, por meio do seu técnico identificado como Zelini tem facilitado as coisas a favor da Suzano, mediante o pagamento de propina.
A disputa pelas terras, no entanto, promete ganhar mais um personagem na briga. Existem rumores de que os produtores gaúchos estão criando também uma associação, com o objetivo de obtê-las para o plantio de soja na região. Pelo visto, a briga pela posse das terras está ganhando força a cada dia. Diante desse cenário de campo minado, só resta agora o estado tomar a iniciativa e intermediar esta acirrada briga como forma de tentar evitar algo parecido com o que aconteceu no Pará e em Rondônia, ou até um cenário pior.