Padre Pedro José - Foto: Blog Interligado |
- Como já foi noticiado, Padre Pedro vai-se ausentar de nossa Paróquia para regressar a Portugal, a sua Diocese de origem, Aveiro. A partir de um acordo dele com o Instituto dos Missionários da Boa Nova e com sua diocese, ele viveu entre nós como membro do Instituto Missionário e representando a dimensão missionária de sua diocese. O acordo era sempre de três anos. Renovável.
Pe. Pedro, muito e muito obrigado! Lembranças a teus pais e irmã. Um abraço a Jorge Carvalhais e sua família e aos jovens do Grupo Missionário João Paulo II. Sem esquecer as duas moças que estão com as Criaditas dos Pobres.
Mas agora sua diocese precisa de sua presença. Embora com tristeza por a nossa Paróquia ter que se ver privada de sua colaboração, ficaremos unidos em compromisso apostólico e oração. Queremos continuar a saber notícias suas e a enviar-lhe notícias nossas.
Pe. Pedro, muito e muito obrigado! Lembranças a teus pais e irmã. Um abraço a Jorge Carvalhais e sua família e aos jovens do Grupo Missionário João Paulo II. Sem esquecer as duas moças que estão com as Criaditas dos Pobres.
Queremos aqui deixar, com toda a sinceridade, nosso muito obrigado à diocese de Aveiro por nos ter enviado e deixado que permanecesse conosco, durante nove anos, o Revmo. Sr. Pe. Pedro Correia. Queremos continuar a permanecer em comunhão de vida missionária.
Chapadinha ficará eternamente grata e conservará nos anais de sua história a grata lembrança da cooperação entre a Diocese de Aveiro e a diocese de Brejo. Desejávamos muito que ela não terminasse aqui. A D. António Marcelino que sonhou e se esforçou para que se realizasse o sonho, nos visitou e nos deu sempre tantos gestos de amizade... muito e muito obrigado. Viveremos unidos em comunhão missionária.
A D. Francisco, por ter compreendido o nosso problema nos últimos anos e nos ter deixado ficar por mais três anos Pe. Pedro, queremos também expressar-lhe nosso sincero agradecimento. A toda a diocese de Aveiro aqui fica nossa gratidão e a certeza que estas comunidades e este povo não esquecerá jamais o Pe. Pedro, como não esqueceu Pe. Martins, Pe. Nestor, Pe. Abílio, e Pe. Nicolau, Jorge Carvalhais e sua família. Chapadinha ficará eternamente grata por toda esta cooperação.
- Missa com Pe. Pedro antes de sua saída na próxima quarta-feira (27) às 20h, na Igreja Matriz. Convidamos Pastorais, Movimentos, Comunidades e toda a Paróquia para se fazerem presentes, apesar de ser um dia de semana.
- Sr. Bispo, D. José Valdeci, está de visita a Roma. "Visita ad limina", obrigação de todos os bispos de terem encontro com o Santo Padre. Foi ele e todos os bispos do Maranhão. Antes de ir, na última quarta feira (20), esteve entre nós para se despedir do Pe. Pedro.
- Esta semana foram visitadas as seguintes comunidades: Prata, Alagadiço, Arrodeio, Cercadinho, Tiririca, Rumo, Laranjeiras, Vila Chapéu e Assentamento de SantaRita.
- A construção (Igreja) no bairro Terras Duras continua. Presentemente estamos a fazer o último radiê para lançar as tesouras e o telhado. A madeira do telhado já está toda preparada. O sr. Bispo visitou a construção.
- “O FUTURO COMEÇA AGORA"
Numa carta aberta que Pe. Pedro publicou na hora de fazer as malas para regressar a Portugal e que pode ser lida no blog: http://pedrojosemyblog. wordpress.com/ Ele termina assim:
Finalizando, ao mencionar Família, como substantivo; Missionária, como adjetivo; e Alargada, apenas como "algo mais". Alargar os olhos, os endereços, e as falas sem brilho e cretinice. Alargar a pobreza e a insatisfação intelectual, moral e evangélica de se saber Pessoa em primeiro, e só depois de pagas ou negociadas todas as dívidas e ou conflitos existenciais (sociais), apresentar o Serviço do Sacerdócio Ministerial.
Agradecido aos Amigos Padres, companheiros infatigáveis de missão, no ardor vocacional;
Agradecido às queridas Irmãs Religiosas de votos evangélicos coerentes;
Agradecido aos Leigos comprometidos com seu batismo no carisma e na missão de cada dia;
Agradecido aos/às Cristãos (ãs) que dão vida ao evangelho porque são livres do medo;
Agradecido aos(as) Amigos(as) de longe e aos/às que se fizeram próximo;
Agradecido ao calor escaldante, à canícula nordestina, à siesta na rede, que me regenerou no corpo biológico dando um vigor psicológico sem apreço;
Agradecido à água gelada (à parte as diversas infecções) que matou a sede, ao cheiro da Terra nas primeiras Chuvas! Que Chuvas Bonitas!
Agradecido à Cultura Maranhense, na sua gastronomia inconfundível de sabores e cheiros (não consegui engordar nem um pouco, paciência!); no seu linguajar criativo; na música e arte que ouvi e vi no seu melhor, não em programações municipais, mas noutras partes, na sua qualidade inquestionável;
Agradecido pela Fraternidade e Cordialidade, sem limites, nos modos de ser e ter!
Agradecido por 'Isto e por Aquilo', ou por "Aquele pecado não lembrado e ou esquecido"; No resto que é muita coisa mesmo... Vão desculpando!?
Plenamente agraciado! Unidos na Oração e On-line!?”
Pe. Pedro José - (ordenado sacerdote a 13-07-1997) em Acordo Missionário (11-09-2001 a 29-10-2010) Sociedade Missionária Boa Nova (Região do Brasil)
Diocese de Brejo - Maranhão - Paróquia Nsa. Sra. das Dores - Chapadinha-MA/Brasil.
Conheci-o pouco depois da sua ordenação sacerdotal. Pe. Pedro Correia começou por ocupar um cargo de muita responsabilidade pastoral: coordenar o centro da Pastoral Universitária na sua diocese de Aveiro, em Portugal. Não se entrincheirou. Soube escutar outros apelos que lhe chegavam de longe. Nesse tempo, missionários de todos os Institutos percorriam as paróquias da sua diocese, despertando as pessoas e as estruturas eclesiais para o compromisso da dimensão missionária da Igreja. Isso expressava bem a preocupação missionária do então bispo diocesano, D. António Marcelino.
Nos meus anos de formação, (lembro-me bem!) ouvi-lhe dizer numa palestra a seminaristas durante uns dias de reflexão missionária: "precisamos subir ao campanário da nossa igreja para ver que o mundo não termina ali no quintal vizinho!". Esse seu esforço de animação missionária dos seminaristas diocesanos ele o passou para sua diocese. A comunhão com Cristo arrasta à missão. E a missão cria comunhão, porque nela se sente o impulso da universalidade cristã.
Desse trabalho dos Institutos Missionários na Diocese de Aveiro foi-se pensando em passar das idéias à prática. A Palavra de Deus não tem fronteiras. E, apesar de Aveiro estar com falta de sacerdotes, porque não assumir um projeto missionário em terras necessitadas do primeiro anúncio do Evangelho? Quem dá da sua pobreza, Deus olha com amor. Foi preciso vencer dificuldades, ultrapassar muitos obstáculos e passou-se à concretização. Procurou-se disponibilidade e, pelo Espírito, a sorte caiu no Pe. Pedro.
Há situações bíblicas que se repetem pelos tempos fora. E no dia em que o terrorismo derrubava as torres gêmeas, a 11 de Setembro de 2001, chegava a Chapadinha Pe. Pedro para se integrar numa comunidade apostólica dos Missionários da Boa Nova em terras do Nordeste brasileiro. Vinha por três anos. Poucos acreditariam que ele conseguisse realizar essa meta tantas eram as dificuldades que se apontavam.
Hoje, passados nove anos, observamos, com alegria, dificuldades vencidas, um projeto trabalhado, um sonho realizado e a dimensão missionária da diocese de Aveiro bem testemunhada e enriquecida. Por imperativos pastorais, Pe. Pedro regressa a sua diocese. Mas deixa raízes. Há árvores que rebentam mesmo depois de cortadas. E o espaço fica aberto para outro qualquer, de qualquer diocese que sinta o apelo. Eu creio que poderá ainda haver algum senhor bispo diocesano que acredite que é dando que se recebe. É partilhando com quem mais necessita que a diocese se enriquece. Eu ainda acredito nisto porque sei que Deus não aprendeu matemática em nossas escolas.
O campo foi trabalhado, muitos esforços despendidos que não poderão ser esquecidos. Algumas lideranças das Pastorais e comunidades desta Paróquia lembraram-se de fazer um abaixo-assinado para que Pe. Pedro continuasse entre nós. Depois foi resolvido que não. Temos que nos sentir pobres a ver se somos mais generosos e enviamos também nós mais missionários. Já temos três padres e doze irmãs. Queremos enviar mais. Mas Pe. Pedro tem que nos deixar.
Com isso, não se enterra o velho projeto missionário da diocese de Aveiro. A nós nos resta agradecer a Deus a pessoa e a ação deste sacerdote e aguardar melhores ventos do Espírito. A pobreza é sempre generosa. Mesmo quando se trata de uma diocese com falta de agentes de pastoral. Caíram as torres gêmeas, mas não vai ser derrubada a comunhão missionária nem destruído o projeto de cooperação missionária entre as duas dioceses de Aveiro, em Portugal e Brejo, no Brasil.
Pe. Manuel Neves
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In Vida Nova - Boletim Formativo e Informativo da Paróquia de Nª. Sª. das Dores – Chapadinha-MA - N°29 - 24/10/2010 - Diretor: Manuel Neves // Diretor-Adjunto: Pedro José // Pastoral da Comunicação