"Votar por emoção é anormalidade, falta de reflexão. A inteligência não é um mero enfeite que Deus colocou acima de nossos ombros. Quem não raciocina se bestializa, deixa-se arrastar pelos interesses alheios. Se auto-destrói.
Votar por mera satisfação de necessidades básicas, fazendo do voto o pagamento de algum atendimento benevolente que faz da pessoa humilhado devedor... é uma triste lacuna na educação do nosso povo. Política não deve trocar direitos por favores, livres decisões por obrigações. Não pode amordaçar a consciência do povo a ponto de alguns terem que vender seu voto para pagar uma ajuda. Voto não tem preço. Tem conseqüências. Quanto dinheiro público é retirado de seu fim específico que é o bem comum para fabricar humilhados devedores de ajudinhas ocasionais a serviço de interesses individuais!

Quem, na campanha eleitoral, se valeu da satisfação de necessidades básicas de saúde ou alimentação de algum pobre para trocar por votos é criminoso. É irresponsável. E se é vereador ou vereadora deve pensar no que está fazendo na Câmara. Fiscaliza a administração pública para que haja uma assistência social razoável? Exige prestação de contas para que não haja dinheiro desviado de seu fim específico? Luta contra a corrupção ou gosta da miséria do povo para ele ficar mais dependente destas ajudinhas?
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FONTE: in Vida Nova - Boletim Formativo e Informativo da Paróquia de Nsa. Sra. das Dores - Chapadinha // DIRETOR – Manuel Neves // DIRETOR-Adjunto – Pedro José; N°27 – 10/10/2010