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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

“Gênero e Políticas Públicas para Mulheres Rurais no Baixo Parnaiba”

Imagem meramente ilustrativa
Repetem-se muitos chavões e muitos epítetos a respeito da agricultura familiar. O agronegócio potencializa essa repetição como um vento potencializaria o fogo em uma área seca ou semi-úmida. Ninguém viu quem pôs o fogo e ninguém quer ver o papel que a agricultura familiar cumpre para a produção de alimentos e para a manutenção da diversidade biológica, cultural e econômica de uma região. Bem devagar essa história vem mudando, não do jeito que deveria, mas vem mudando. Quem se incumbe de mudar isso são os próprios trabalhadores rurais que cravam sua enxada na terra, os movimentos sociais, as organizações não-governamentais e alguns setores do governo.


Combate-se o fogo com umidade e a umidade se incrusta num determinado ponto por conta da vastidão da floresta seja qual bioma for. Combater a inexatidão sobre a agricultura familiar requer pesquisa e assessoria técnica. Em parte, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) tenta reverter o quadro desastroso de absoluta falta de informações sobre várias regiões com pesquisas como a que se desenrola nos Territórios da Cidadania do Maranhão.


Através de um convênio com o MDA, o Serviço de Orientação á Família contratou profissionais para visitar grupos produtivos de agricultoras rurais e realizar entrevistas sobre as características produtivas as quais elas se dedicam. Um desses territórios é o do Baixo Parnaíba. Nesse território, a educadora Lena Privado, num restaurante em Urbano Santos ou numa casa de uma agricultora quilombola em Bom Sucesso, município de Mata Roma, engrenou um questionário que numa primeira olhada cansa, mas que dele nada escapa como por exemplo as desventuras sócio-econômicas pelas quais atravessam agricultoras familiares e mulheres agroextrativistas para venderem a farinha ou para cozinharem o azeite de babaçu. Desde o tipo de material utilizado até se houve acesso às linhas de crédito do governo federal. Esses dados que interessam a poucos, por enquanto.


Outra parte desse trajeto da pesquisa acontecerá entre os dias 05 e 06 de novembro, em Chapadinha, Baixo Parnaíba maranhense, no Hotel Coma Bem. Para um grupo de mais de vinte e cinco mulheres, Lena Privado apresentará as políticas públicas do governo federal como as políticas de acesso à terra, políticas de crédito e políticas de assistência técnica e extensão rural. Haverá discussões sobre formas das mulheres se organizarem na produção e na comercialização e sobre a participação delas na gestão dos territórios da cidadania.


Ong's responsáveis pela ATER, como a Coodesu, o INCRA, o BNB (Banco do Nordeste do Brasil), o Coletivo de Mulheres Trabalhadoras Rurais se farão presentes. O nome do evento é “Gênero e Políticas Públicas para Mulheres Rurais”.
Mayron Régis, assessor de comunicação Fórum Carajás
http://www.forumcarajas.org.br/

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