Por Almir Moreira – Advogado (foto)
Artigo extraído do Blog do AlexandreNinguém se iluda as urnas na Chapada disseram: nós queremos um dos dois, Magno ou Isaías. A eleição restou novamente polarizada, de caráter nacional e estadual tornou-se municipal. Não tem jeito, parece torcida de time de futebol, cada um tem seu lado. Não há quem roube fatia significativa destes votos, quem se atreve a romper com essa lógica termina por ajudar indiretamente um dos lados. E assim, o tempo vai passando, melhor, as eleições vão se sucedendo.
A verdadeira política vai sendo realizada por estes protagonistas, o resto, ah, o resto, vai virando resto, enfurnado num discurso puritano nega a política de alianças, e com isso cavalga cada vez mais longe do alcance do poder – objeto da política. Desde a invenção da política e do reconhecimento da pluralidade social as alianças fazem parte do jogo do poder. Esta é a regra e, ponto final, os maiores expoentes da esquerda e da democracia nunca a negaram. Prestes, Juscelino, Tancredo, Ulisses e o retirante Lula exerceram com maestria essa arte, por sinal, este último só venceu a eleição Presidencial quando se abraçou com antigos desafetos, gente considerada de direita, retrógada e até novos políticos egressos do universo religioso da teoria da prosperidade.
Esses negadores da política de alianças vivem num mundo à parte? Não, só são enrustidos na paróquia, fora dela aceitam tudo, Zé Reinaldo, Castelo, Roberto Rocha e outros do gênero... Todos são decentes, democratas e, porque não, socialistas.
Magno e Isaías, embora mais velhos, saíram fortalecidos, e será por eles que passará a futura eleição municipal.