Uma equipe de fiscais agropecuários da Agência de Defesa
Agropecuária do Estado do Maranhão (Aged), no município de Brejo, sacrificou
esta semana três cavalos mestiços infectados com a anemia infecciosa equina, doença de
notificação obrigatória internacionalmente. O sacrifício atendeu determinação do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A anemia infecciosa equina é uma doença incurável, transmissível
por contato sanguíneo, que atinge, exclusivamente, equídeos, como cavalos,
jumentos, mulas e zebras. O animal infectado, em 95% dos casos, só apresenta
sintomas na fase terminal, quando sofre fraqueza, diminuição de apetite,
emagrecimento, febre e anemia de mucosa.
Segundo o fiscal agropecuário da Aged, Paull Andrews Carvalho
dos Santos, a descoberta precoce da doença é muito difícil. Na maioria das
vezes, os casos são descobertos quando o criador precisa transitar com os
animais para feiras, vaquejadas ou transações comerciais.
“Para conseguir a guia de trânsito animal que permitirá que o
equídeo seja transportado fora da propriedade, o criador deve apresentar um
exame laboratorial de sangue. Se o exame atestar positivo para a doença, os
animais são identificados, e o Ministério da Agricultura é notificado. Em
seguida, deve ser realizado outro exame de sangue para confirmar ou não o
resultado positivo. Em caso de confirmação, é obrigatório o sacrifício dos
animais doentes”, explicou o fiscal.
Os animais infectados pertenciam à Fazenda Boa Vista, em Brejo,
e foram sacrificados pelos fiscais estaduais agropecuários Carlos Henrique Marques e
Márcio Luís, na presença do proprietário do rebanho. Os outros oito equídeos
presentes na propriedade devem ser submetidos a exames de sangue para investigar
a contaminação pela anemia infecciosa. Durante a investigação, a propriedade
permanecerá interditada e ficará impedida de transportar o rebanho ou receber
novos animais. “A propriedade só receberá o Termo de Desinterdição após a
confirmação de dois resultados negativos da doença, com intervalo de 30 dias”,
completou Paull Carvalho.
O criador que receber um resultado positivo para a anemia
infecciosa equídea em seus animais deve notificar, imediatamente, a AGED, que
fará a inspeção dos animais suspeitos. A coleta de sangue para exame
laboratorial deve ser feita por um veterinário autônomo cadastrado na Aged.