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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais uma Palavra Contra a Satanização da Crítica

Por: Alexandre Pinheiro - www.alexandre-pinheiro.blogspot.com
Pelo que tenho visto nos blogs e periódicos da Igreja, meus textos têm, com efeito, deixado os padres de Chapadinha bastante nervosos. Tanto que tenho merecido algumas linhas do intelectual mais jactado da paróquia, que deixou o hermetismo de lado, desceu do salto e perdeu a elegância no último post.

Entre consideração de cretino, mudança de palanque e esquecimento de ilustre currículo de lutas, meu “estado de graça de tantas contradições”, virou ataque a guisa de defesa. Chegaram atrasados, porque tirante os insultos – que disso nem estes foram capazes, vossos novos aliados da Boa Vista já tentaram o mesmo sem sucesso.

Nesse caminho perderam a compostura na parte das “matrículas em cursos universitários” tentando imputar fato anterior, às miríades de benesses inquisitorialmente atribuídas. Poderia, pelo que me permite nosso breve, porém prazeroso convívio, revidar no campo pessoal essa intromissão, mas não recorro a leviandades e o que interessa é o debate público.

Do ponto de vista do debate público o que lhes desconcertam é a difícil coexistência entre a reserva moral pretendida e aceitação atávica de pequenos favores dos que acusam de corruptos.

No Boletim da Paróquia do dia 27/12, por exemplo, no espaço informativo item 9, revelam que o transmissor da Canção Nova fora levado a São Luis para que se ajuste ao Canal 9 que pertence à prefeitura. Ponto em que se pergunta aos que tanto cobram transparência: quem teria levado o transmissor?

Seria estritamente legal a utilização da prefeitura (membro federativo do Estado Laico, cláusula pétrea da Constituição) para fazer proselitismo religioso? Podem eles negar categoricamente que um pecuarista “fazedor de política”, como católico ou “catoliquinho”, tenha ofertado bois e outros bens para sorteios de final de festejos?

Não imputei crime a ninguém apenas não aceito a satanização dos críticos como resposta ao desnudar de transigências e concessões humanas que todos fazemos – inclusive eles.

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