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sexta-feira, 28 de maio de 2010

DENÚNCIA: CONAB encontra falhas na distribuição de benefícios a quebradeiras de côco no município

Após uma análise minuciosa no Programa de Subversão Direta ao Extrativista, destinado as quebradeiras de côco do município, uma iniciativa do governo Federal que visa garantir preço justo a amêndoa do babaçu, uma grande fraude foi encontrada.

Com o programa o preço mínimo para a amêndoa do babaçu ficou estipulado em R$ 1,46, sendo que o Governo, caso necessário, cobre o que o pequeno trabalhador na atividade recebe, até que seja alcançado o mínimo exigido.


De um total de 225 famílias cadastradas, números chamaram a atenção dos órgãos competentes, como a coincidente mesma quantidade de amêndoa extraída, em relação ao último ano, cerca de 120 quilos por família, como também a presença em massa de homens numa atividade eminentemente feminina.
Foi constatado o recebimento do benefício por um total de 138 homens.

Os dados fizeram com que o engenheiro agrônomo da CONAB Rogério Prazeres da Silva (foto) viesse ao município para conferir de perto a situação e numa breve visita a
povoados atendidos encontrou dentre outros problemas, comerciantes que recebem o benefício, pescadores, servidores públicos e profissionais autônomos.

Estima-se que cerca de 80% dos atendidos pelo programa encontram-se em condições inadequados para receberem o benefício.


Em entrevista o agrônomo destacou que bastou uma rápida visita a um dos povoados onde há a extração da amêndoa para encontrar um pescador que supostamente recebeu o benefício, no entanto o mesmo havia alegado que nunca recebeu nenhum valor financeiro.


Dada a possibilidade de pessoas estarem sendo lesadas, o agrônomo enfatizou que a situação será investigada com todo o cuidado, para que sejam identificadas todas as pessoas que irregularmente estão sendo atendidas.


Rogério Prazeres afirmou que mesmo ainda não tendo visitado todas as localidades para constatar se os beneficiados são realmente quebradeiras de côco ou não, nota-se que algo está errado.


Para que as quebradeiras de côco sejam cadastradas, é necessária a expedição de um documento dado pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) do município e AGERP. Nesse caso a maioria foi expedida pelo STTR, o que poderia implicar na cobrança de explicações perante as irregularidades encontradas.

Por: Antenor Ferreira - Blog Interligado

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