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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Doce de Buriti: Um dos mais tradicionais pratos maranhenses é tema de pesquisa

Uma das frutas mais conhecidas e consumidas na Amazônia, o buriti se tornou uma das matérias-primas mais utilizadas na produção de cosméticos, como xampus, cremes e sabonetes. A palmeira típica das regiões de cerrado, presente no nordeste e centro-oeste do Brasil, é aproveitada em quase todas as suas potencialidades. No Maranhão, além do uso de suas folhas no artesanato local, a polpa acrescida de água e açúcar dá origem a um doce saboroso e largamente consumido no estado.
Em pesquisa desenvolvida na Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da FAPEMA, graduandos do curso de Nutrição estudaram as propriedades nutricionais do doce de buriti. A partir de análise da composição química do produto, de origem no município maranhense de Santa Quitéria e adquirido em três amostras no Mercado Central de São Luís, o grupo coordenado pelo professor Dr. Victor Elias Mouchrek Filho avaliou suas potencialidades de consumo.
O buriti é a maior fonte de provitamina A do reino vegetal, com cerca de 90000 UI (unidades internacionais), sendo que a dose diária recomendada dessa substância é de 1500 UI para crianças e 5000 UI para adultos. O óleo da fruta chega a ser três vezes mais rico na vitamina que os óleos de dendê, milho e fígado de bacalhau.
Os resultados da pesquisa com o doce mostram não somente a riqueza em vitamina A, como alto teor de açúcar e valor calórico, com até 378,5 kcal para cada 100 gramas. Com relação à quantidade de ácido ascórbico (vitamina C), o doce mostrou baixo valor se comparado a outros frutos, além do pouco potencial protéico, com 1,75% da substância.
Segundo Joacy Carneiro Junior, um dos estudantes pesquisadores, tal propriedade permite o consumo do produto em casos de hipovitaminose A, repondo a falta dessa vitamina, mas sugere cautela. “Já se sabe da utilização do fruto no combate ao beribéri, mas ainda assim é preciso recomendação médica. Para outras carências alimentares, o doce não é a melhor opção”, afirma.
Fonte: Ascom UFMA

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