

Quem merece o quê? O grau de merecimento a qualquer coisa depende de como a sociedade vê a ascensão social e o desenvolvimento econômico em seu seio. Quaisquer movimentações em
sentidos contrários como fazem as comunidades quilombolas no Baixo Parnaíba maranhense se apartar-se do convívio. O que deveria acontecer é justamente o contrário, porque as movimentações das comunidades quilombolas por dentro do Cerrado, da Caatinga, da Floresta Amazônica e da Mata dos Cocais comprovam que as suas atividades econômicas são pouco impactantes do ponto de vista ambiental.

As comunidades tradicionais de Mata Roma e de Anapurus, assim como os de outros municípios do Baixo Parnaíba maranhense, merecem manter as áreas de uso comum sob as suas tutelas mais que seculares, pois um dia, um ano, uma década e um século viram meros normatizadores do tempo quando o que está em jogo é bem mais do que isso. A Associação do Povoado de Morros, município de Anapurus, rivalizou com os “gaúchos” por uma área de mais de 600 hectares e ganhou a causa e o senhor Totonho, morador da comunidade de São João, município de Mata Roma, municia seus descendentes com áreas de Chapada em Mata Roma e Anapurus para as próximas décadas sem divagar sobre possíveis ofertas de compra.

Entre os dias 12 e 13 de setembro de 2009, foi ministrada na comunidade de São João pelo professor Itaan Santos, da Universidade Estadual do Maranhão, a oficina sobre sistemas agroflorestais. A oficina de sistemas agroflorestais permitiu aos participantes tomar conhecimento sobre as possibilidades de tornarem seus quintais e suas roças produtivos, diversificados e ambientalmente sustentáveis sem precisar toca fogo, gerando renda e assegurando uma boa alimentação para suas familias.
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Por: Mayron Régis, assessor Fórum carajás - http://www.forumcarajas.org.br/
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Imagens meramente ilustrativas