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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Chapadinha é citada em relatório entregue ao TSE pelo TRE

Maranhão é o 'campeão' da desordem nas campanhas eleitorais de 2008
A presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), desembargadora Cleonice Silva Freire (foto), entregou na última terça-feira (20), ao presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Arnaldo Versiani, ofício em que relata fatos ocorridos no interior do estado que, em conseqüência das eleições de 5 de outubro de 2008, resultaram na depredação e incêndio de prédios públicos, além de notícias envolvendo juízes eleitorais. A desembargadora também apresentou ao ministro cópia do laudo da Polícia Federal que descarta fraude nas urnas eletrônicas utilizadas no município de Caxias, nas eleições municipais.

Ocorrências
Na cidade de Benedito Leite, cita a desembargadora, as eleições foram anuladas. No dia 5 de outubro, cerca de 600 pessoas incendiaram urnas e mantiveram presos o juiz local e seu filho. Na cidade estavam presentes 11 agentes do Exército e 10 policiais militares, que conseguiram resgatar o juiz e a criança. O motivo da revolta teria sido o cancelamento de títulos, depois do processo de revisão eleitoral ocorrido no município, em 2007. Esse episódio, segundo a presidente do TRE, gerou reflexos nos municípios de Penalva, São Mateus, Presidente Dutra, Arari, Bom Lugar, Chapadinha e Santa Luzia, onde a população, “instigada pelos candidatos derrotados e desejando também a anulação das eleições”, começou a tumultuar a cidade com ameaças ao Judiciário local.

A desembargadora ainda relata que novos transtornos ocorreram em São Mateus, Arari, Barreirinhas e Bacabeira, onde os juízes também foram ameaçados pela população que tentou, também, impedir a diplomação dos eleitos. Também ocorreram atos de vandalismo, durante a posse dos novos prefeitos, em Mata Roma e Tutóia.

Além disso, de acordo com a presidente do Tribunal Regional, no início do ano a Corte sofreu com denúncias envolvendo juízes da justiça comum, investidos na função de juízes eleitorais, que teriam “vendido sentenças”. Por esse motivo, os membros do TRE maranhense requereram instauração de processo administrativo para apurar as denúncias.
Fonte: JL/TSE

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