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Um estudo feito pela OIT - Organização Internacional do Trabalho, revela que 2.391 jovens entre 15 e 24 anos de idade residentes em Tutóia não estudava, nem trabalhava o que equivale a 20,8% dessa população juvenil.
Entre as mulheres jovens de 15 a 24 anos que não estudavam, nem trabalhavam 65,8% delas eram mães. Segundo o estudo, elas enfrentam dificuldades para conciliar trabalho, estudo e vida familiar.
Os dados revelam outra problemática: uma quantidade considerável de jovens não está na escola. Eles deveriam estar iniciando ou terminando o Ensino Médio. Evidencia ainda a necessidade urgente de uma intervenção governamental no sentido de garantir acesso à escola, seja com transporte ou mesmo com construções de novas escolas de Ensino Médio.
Em muitos casos os jovens não vão à escola por falta de transporte escolar, ou porque a “escola fica muito longe. A gente sai daqui as três da tarde e retorna por volta de uma hora da manhã, todos os dias” revelou uma jovem do povoado Anajazal, que estuda no povoado Cocal no município de Tutóia-MA.
O que de fato torna a escola muito distantes são as estradas intrafegáveis de muita areia e em pequenos trechos de barro, mas esburacadas. Ela viaja na carroceria de um Toyota bandeirante e sem qualquer segurança.
Com relação ao emprego e renda o governo federal oferece o PRONATEC – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, mas até março de 2014, o município ainda não tinha realizado matrícula no âmbito desse programa – o Brasil sem Miséria, o que revela também um descaso do governo municipal deixando todos esses jovens ociosos e vulneráveis ao risco das drogas e a gestação precoce (no caso das mulheres). Cabe, urgentemente, intervenção/ação do governo estadual.
Neste ano de 2014, os blogs da cidade publicaram posts em suas páginas denunciando a dificuldade que alguns gestores vem enfrentando quanto a falta de água nas escolas (aliás, o município de Tutóia não conta com abastecimento público de água), falta de professores, de transporte escolar, atraso no início das aulas. E da reclamação dos alunos solicitando salas de informática com computadores que funcionem; transporte no horário certo; todas as disciplinas; liberar a biblioteca; merenda diversificada; laboratório de ciências funcionando; entre outras reivindicações.
Diante dessa realidade pode-se afirmar que muita coisa ocorre aqui no município que foge aos padrões do bom funcionamento das escolas (sem conhecimento da URE – Chapadinha). E se as necessidades básicas aqui apresentadas não forem atendidas impossibilitará a oferta de serviços educacionais de qualidade à população de Tutóia (rede estadual). É importante evidenciar que grande parte da oferta de Ensino Médio nesta cidade só tem sido possível graças ao esforço de poucos. Todos os profissionais do quadro atual têm orgulho do trabalho exercido nas instituições de ensino e, o terão muito mais, se for de qualidade, ou no mínimo o básico e precisam ser mais valorizados. Ficando assim um apelo, um “EU IMPLORO” para que seja visto com toda ética e humanidade a realidade exposta.
*Adaptado do Estudo da OIT e parte integrante de um relatório produzido pelo professor Elivaldo Ramos
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