Dep. Marcos Caldas na tribuna da AL-MA - Foto: Arquivo
O deputado Marcos Caldas (PRP) denunciou, na sessão desta segunda-feira (24), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), por haver começado a realizar, em Brejo, serviços de saneamento há mais de dez anos, obra que era para ser finalizada em três. “O atual prefeito começou dez anos atrás e o seu o secretário de Obras do município, pegando propina da Codevasf, não fiscaliza. A Codevasf abre um buraco na rua e passa seis meses para tapar. E o que acontece? As casas de Brejo, que têm mais de cem anos, estão caindo”, afirmou.
O parlamentar disse que, por abrir uma vala de sete metros de fundura, numa rua de três metros de largura, as famílias ficam a mercê de alagamentos, porque Brejo é uma cidade cercada de morros. “E que agora a empresa está tirando o barro das ruas e jogando dentro dos riachos que passam dentro da cidade. Quando chove alaga tudo, as calçadas estão afundando e os prédios de mais de cem anos, construídos na época ainda da escravidão, estão caindo, afundando e a cidade vai desaparecer”, garantiu.
Caldas revelou que recebeu várias denúncias nesse sentido da população, por isso foi observar o problema de perto. Ele contou que tirou fotos de casas de 140 anos que estão afundando porque a Codevasf não agiliza os serviços. “Lá em Brejo tem rua que há mais de seis meses não passa carro, porque ela não faz uma vala de um metro não, faz uma vala logo é do tamanho da rua. Ela não quer botar aquelas barreiras para que o barro não fique desmoronando, e aí as calçadas afundam, agora começaram a afundar as casas. Eu quero saber quem vai pagar o prejuízo?”, reclamou.
O deputado contou que quando passou seis dias no governo, foi a Brejo com o então secretário de Infraestrutura, Max Barros, quando assinaram a ordem de serviço para asfaltar a cidade, mas não pôde por conta das obras da Codevasf. “A governadora me prometeu que ia asfaltar e também não pôde, porque as ruas estão sendo quebradas e a Codevasf não acaba com esse serviço que era para fazer em três anos”, lamentou.
Disse que vai apresentar requerimento com o objetivo de convocar a diretoria da Codevasf e, se eles não vierem, vai entrar com pedido de criação de uma CPI para investigar e cobrar solução para problemas não só em Brejo, mas todas as cidades do Baixo Parnaíba que são banhadas pelo Rio Parnaíba, onde hoje a Codevasf faz trabalho.
CPI DOS POSTOS
Sobre o pedido de criação da CPI dos Postos, Marcos Caldas disse, que como já trabalhou em posto de gasolina, pode relatar que a situação é complicada e posiciou-se contra a proposta do deputado Othelino Neto (PCdoB). “Não é tão fácil de resolver. Essa questão de dizer que todos os postos têm o mesmo preço, vou lhe contar por quê: O preço do posto de gasolina hoje é liberado pelo governo, mas não houve fiscalização para que o posto de gasolina tivesse a distância que é cobrado do sindicato e da lei de um para o outro”, conta.
E finaliza: “Então, em uma avenida há cinco postos de gasolina, aí um bota o valor de R$ 2,99, o outro bota R$ 2,97, o outro R$ 2,93 e R$ 2,95, qualquer um de nós ou da população que for abastecer só vai abastecer onde tiver mais barato, não é verdade? E você acha que o que bota mais barato, ele é mais inteligente do que o outro? Não, é porque começa um botar mais barato em outro e quando chega a certo ponto, há postos que estejam vendendo igual ao preço da distribuidora e aí para não perder a clientela ele começa a vender sem ter lucro, esperando passar essa corrente de queda de braço. E, aí muitos já quebraram, muitos postos começam a atrasar suas duplicatas que não dão conta de pagar”.
Por: Waldemar Ter - Ascom/AL-MA
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