Como estava
suficientemente noticiado, realizou-se o Encontro Pastoral Extraordinário, no
passado sábado (19 de maio), para entregar às autoridades o Relatório do que foi refletido
nos grupos durante a Campanha da Fraternidade. A presença popular não foi condizente com a importância do
evento. Mas a Matriz esteve quase cheia. As autoridades estiveram presentes e a
quem agradecemos: Prefeita, Secretária de Saúde e Presidente da Câmara. Lido e
explicado, pelo Pirrita, o Relatório, foi constituída uma Mesa, coordenada por
Leoneide, e as autoridades puderam falar.
Fotos do evento: Blog Chapadinha Online
O Paiva, Conselheiro do Conselho
Municipal de Saúde, queixou-se da falta de transparência
na prestação de contas, da morosidade da Justiça em dar decisões ao que lhe é
proposto, deu exemplos da falta de informação ao Conselho do que é resolvido e
licenciado e do mau funcionamento dos Hospitais e Postos de Saúde.
A Secretária
Municipal de Saúde, Maria José Coutinho, frisou que estava contente com o que ouviu e evidenciou seus anteriores
e atuais cargos que ocupa.
A Presidente da Câmara Municipal, vereadora Márcia Gomes, disse que jamais a Câmara foi
omissa e que estava lá para servir o povo.
A Prefeita, Danúbia Carneiro, falou que iria estudar o relatório, ponto por
ponto, e que os recursos que recebia eram insuficientes, até porque o Hospital Antonio Pontes de Aguiar (HAPA) funciona
como regional.
Ainda se receberam algumas perguntas da assembleia, mas o tempo
ia adiantado. Ao encerrar o Encontro, o Pároco Pe. Manuel Neves, lamentou que um Município onde se
gasta um milhão e seiscentos mil reais no Carnaval só tenha 29 mil reais para
remédios, cada mês. Frisou a ausência e a falta de proximidade e de fiscalização
dos serviços de Saúde da parte da Secretária, os altos preços dos aluguéis da
casa de apoio em São Luís e do CRAS em Chapadinha (quatro mil reais cada
mensalmente), da incompreensível centralização da administração municipal que não
dá autonomia e criatividade às secretarias, da falta de um Cemitério Municipal,
da necessidade de se resolver o problema da água, dos altíssimos vencimentos que
alguns recebem...
Este foi o
princípio de um processo que vai continuar. Ficou comprovado que não existe
projeto municipal para a Saúde Pública em Chapadinha e que tudo anda como calha.
A Saúde de Chapadinha precisa de mais Saúde. Os responsáveis têm que acordar
para a triste e abandonada realidade em que ela se encontra. Não dá para
continuar. E o Relatório vai ser enviado para São Luís e para Brasília. Queremos
uma Auditoria. Vamos fazer um Dia de Luta e um Seminário com especialistas na
área da Saúde, do Direito e das contas para que estejamos bem informados e
possamos participar melhor.
Se os Responsáveis pela Gestão desta área não são
capazes de estar mais presentes e atuantes que se demitam. A Pastoral da Saúde
vai ser imediatamente fundada depois do próximo encontro do Conselho Paroquial e
terá um blog para nos informar do que se
vai passando.
*Extraído do Blog da Paróquia de Chapadinha