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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Grupo Suzano Acusado de Grilagem no Baixo Parnaíba Maranhense

Imagens meramente ilustrativa
O Fórum de Defesa do Baixo Parnaíba Maranhense voltou a afirmar que a empresa Comercial Agrícola Paineiras do Grupo Suzano Papel e Celulose obteve a maioria das terras que detém através de forma ilícita, como a grilagem e fraudes nos cartórios da região. Destaca que um processo judicial na Comarca de Santa Quitéria (174/2006), registra denuncias de vítimas de falsificação de assinaturas e que as suas terras fazem parte hoje, do patrimônio do Grupo Suzano Celulose e Papel.

DESTRUINDO O CERRADO
Com o apoio de varias entidades da sociedade civil organizada, dentre as quais o Fórum Carajás e a Igreja Católica, o Fórum de Defesa do Baixo Parnaíba Maranhense tem se constituído como entidade de luta pela defesa do cerrado e a preservação ambiental. No inicio deste mês, através de uma terceirizada a Suzano Papel e Celulose, estava com tratores e correntões destruindo árvores nativas, o que promoveu indignação em várias comunidades. Mais de 250 trabalhadores dos povoados Coceira e Baixão da Coceira I e com apoio de agricultores de São José, Santa Maria e Lagoa das Caraíbas, conseguiram evitar a destruição e manter a vegetação nativa. Outras comunidades como Mundé, Taboca e Baixão Coceira II, já se encontram sem terras necessárias para a subsistência, através do extrativismo vegetal e animal, com prejuízos atuais para mais de 100 famílias que já enfrentam a fome. O problema é sério e de iminente conflito.

RESISTÊNCIA CONTRA O GRUPO SUZANO
A verdade é que além de ter terras griladas ao seu patrimônio, muitas áreas devolutas foram também criminosamente incorporadas. Uma outra questão que precisa ser apurada pela Procuradoria Geral do Estado e pelo Ministério Público, refere-se às facilidades proporcionadas pelo Iterma, durante os dois últimos governos e também da Secretaria de Estado do Meio Ambiente que se constituíram em instituições coniventes para os avanços e destruição do Baixo Parnaíba.

EUCALIPTO PARA CARVÃO
Exatamente no momento em que o Grupo Suzano Papel e Celulose anuncia investimentos superiores a 3 bilhões de reais para a construção de uma fábrica na região Tocantina e a compra do eucalipto (matéria prima a ser industrializada), adquirida da Vale do Rio Doce, a quem se destinam os milhares de hectares do eucalipto do Baixo Parnaíba? A resposta é simples e bem clara. Para o carvão das siderúrgicas do Grupo Gerdau/Margusa.

QUAL A RESPONSABILIDADE DO GRUPO SUZANO
A grande destruição praticada pelo Grupo Suzano Papel e Celulose em pelo menos 9 municípios da Região do Baixo Parnaíba, precisa de uma reparação para milhares de famílias e uma punição severa pela destruição ambiental. Cabe as autoridades apurarem a grilagem de terras a arrecadação das áreas devolutas para a reforma agrária, os desmatamentos criminosos e até envenenamento de pessoas e animais.
por Aldir Dantas - cidadesat.com.br

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