segunda-feira, 6 de julho de 2020

CHAPADINHA | Quebradeiras de Coco: História de Desenvolvimento e Luta

Quebradeiras de coco do Assentamento Canto do Ferreira,
em Chapadinha, contam sua história com o uso da
agroindústria entregue pelo governo (Divulgação)

Chapadinha (MA) - Segunda-Feira, 06.Julho.2020

Há um ano, 26 quebradeiras de coco do Projeto de Assentamento Canto do Ferreira, em Chapadinha, receberam do Governo do Estado, por meio do Sistema SAF (Agerp-Iterma-SAF), uma agroindústria de beneficiamento de óleo do coco babaçu.

Na época, o recurso destinado foi de R$ 280 mil, que garantiu a montagem da estrutura, composta por forno industrial, misturador, laminadora, liquidificador industrial, etiqueta seladora, kit de higiene para cozinha e escritório completo. O trabalho desenvolvido no local integra um conjunto de ações desenvolvidas pela Cadeia Agroextrativista do Babaçu, coordenada pela SAF com apoio técnico da Agerp.

E para celebrar o mês da agricultura familiar, marcado pelo dia do Agricultor Familiar em 25 de julho, a equipe de governo retornou ao assentamento para conversar com essas mulheres e mostrar o que mudou após esse ano de parceria.


Tudo começou bem cedo, numa caminhada até os babaçuais. Há gerações essa tem sido a rotina dessas agricultoras familiares: passar o dia coletando os cocos e quebrando-os ao meio, de maneira manual em método tradicional, para extrair o fruto que é utilizado de variadas formas.


Maria Lúcia, moradora do povoado há mais de 20 anos, diz que desde a infância desenvolve esse ofício. “Comecei a quebrar coco com a minha mãe e avó, e com muito orgulho posso afirmar que esse foi o único trabalho que nunca me deu prejuízo. E agora, com conhecimento e incentivo, estamos melhores ainda”.


Maria Gracilene, presidente da Associação das Quebradeiras de Coco de Chapadinha, afirmou que do babaçu se aproveita praticamente tudo. “Depois que fomos contempladas a procura pelos nossos produtos ficou maior ainda. Antes a gente não sabia utilizar corretamente tudo o que o fruto pode oferecer. Mas com o apoio que recebemos do governo tudo mudou”.



No comando da agroindústria estão apenas mulheres, que trabalham com o mesocarpo do babaçu, produzindo biscoitos, bolos, farinha, azeite, agregando valor aos produtos e contribuindo para a geração de emprego e renda das quebradeiras.

O secretário da SAF, Júlio César Mendonça, destacou o empenho do Governo do Maranhão em valorizar o esforço das comunidades tradicionais e estimular a produção de seus produtos. 

O compromisso firmado pelo governador Flávio Dino com os agricultores e agricultoras do Maranhão segue firme, destinando ações de proteção e incentivo, que consigam manter as famílias campo, com novas formas de comercialização, acesso às tecnologias e garantias concretas de emprego, renda e qualidade de vida”, frisou o secretário.


Quebradeira de coco mostra o fruto do babaçu do qual se aproveita praticamente tudo (Foto: Divulgação)



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