Por: Dr. Almir Moreira - Advogado
A República Federativa do Brasil se define como um estado democrático de direito.
Tem como fundamentos, entre outros, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
Em seus objetivos, contempla a construção de uma sociedade livre, justa e solidária a fim de promover o bem de todos.
A lógica desses fundamentos, de caráter constitucional, é a da garantia à segurança da população.
Garantia da ordem. Sem ordem não se vai a lugar nenhum.
Atos de violência não contribuiem para a consolidação do estado democrático de direito.
Ao contrário, o enfraquecem.
Não é, contudo, o pensamento de alguns. Poucos, mas estridentes. Na verdade, melhor conceituar como histéricos.
Dividem-se em tolos e espertalhões. Os tolos vão no oba-oba; o outro segmento só tem a democracia como um instrumento, não um fim. A intenção é outra.
Atos de obstrução de vias mediante depredação, ateamento de fogo, feitura de valas... não têm nada de legítimos. Atos dessa natureza com o correr do tempo passaram a ser chamados de vandalismo, símbolo da incivilidade de um povo de origem germânica denominado bárbaros.
Opiniões apoiadas em análises ideológicas, sem base em dados, estimulam uma leitura equivocada e preconceituosa da periferia.
Andam longe de contribuir para a crítica política, principalmente por ignorar convenientemente o interesse de grupos políticos interessados só em desestabilizar governos.
Ações assim, apenas celebram e justificam o vandalismo e maculam a democracia.
Ainda ocorresse a presença de gente carente de certos benefícios em atos de vandalismo, o respeito ao pacto social - a Lei -, deve prevalecer, sob pena de violação desse pacto político e legal.
O monopólio da força é do Estado e, ainda assim, jungido aos limites necessários para fazer parar eventual violência anterior.
Democracia sem ordem não é democracia.
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