Dr. Carlos Borromeu Vale - presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Munim
O sistema de captação de água subterrânea já é conhecido de muitos estados brasileiros, mas aqui no Maranhão, a cidade de Chapadinha está sendo a primeira a desenvolver a técnica, que consiste no acúmulo de água para atender a comunidades de até 20 famílias.
O projeto experimental foi construído no povoado Malhada dos Franceses, por se tratar de uma área que apresenta condições propícias ao desenvolvimento da barragem.
O local foi escolhido após uma inspeção do solo ter constatado, que mesmo, com perfuração de poço a água sempre seria salobra e já o novo método proporcionaria água doce que se renova anualmente, com as chuvas. A barragem é feita com perfuração do solo, com 6 metros de profundidade e 90 de comprimento, colocação de uma lona, facilmente encontrada em mercados, para captar a água e evitar que se desloque, manilhas para a tubulação, canos para canalizar e o resto é esperar a ação do tempo, ou seja, as chuvas, que neste caso, não precisam ser intensas para acumular uma boa quantidade.
“A barragem foi feita em substituição a um poço que seria cavado para atender a comunidade, mas após avaliação do local, constatamos que há um custo bem mais baixo a gente faria uma barragem subterrânea e resolveria o problema da falta de água”, disse o presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Munim, Carlos Borromeu.
De acordo com o presidente da Bacia Hidrográfica do Rio Munim, esse tipo de barragem pode ser desenvolvido em cerca de 30% de comunidades da zona rural de Chapadinha e também levado para outras cidades do estado.
Na comunidade Malhada dos Franceses as condições do solo ajudaram bastante, pois o riacho Malhada é caudaloso e com o decorrer do tempo, ele mesmo cavou valas e depositou areia dentro, deixando a parte mais profunda impermeável, proporcionando o cenário perfeito para a construção da barragem.
“A mudança climática resulta na incerteza de água. Como tá hoje, sendo mostrado na imprensa nacional. Não podemos viver nessa incerteza. Temos que buscar meios de conviver com essa escassez e aproveitar os recursos que dispomos”, concluiu Carlos Borromeu.
Suzenne Costa - SECOM
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