GH Marmoraria & Vidraçaria

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domingo, 5 de agosto de 2012

Maldita Corrupção Que É Nossa Perdição!

*Por: Pe. Manuel Neves - Pároco de Chapadinha

Não quero ofender nem julgar ninguém, até porque estou convencido que, enquanto o povo (todos nós!) não mudar para a responsabilidade e participação... tudo, com qualquer, vai continuar na mesma. Tem Promotor Público e Prometedor Político. É bom não confundir a ação do primeiro que deve ser corajosa e atenta com as promessas balofas do segundo!


Não há estoque de paciência que aguente o corrupto. Falta-lhe educação e valores morais. Seu atrevimento e esperteza revoltam qualquer alma santa. A corrupção insana nos dois gêneros. Tanto em homens como em mulheres, sendo nas mulheres mais sofisticada a ação. Vou tentar resumir um artigo de Frei Beto que acabo de ler.


 O corrupto não é propriamente um ladrão. É pior. É uma pessoa esperta que sabe satisfazer, imensamente bem, sua extrema ambição por dinheiro. É um chantagista sabido. Tem requintes de delicadeza, é “saçariqueiro”, ilude com gentileza, tem um sorriso afável e é especialista em conversas frouxas. Sabe agregar outros como ele para que o ajudem. O corrupto é discreto, porque se compraz em que pensem bem dele. Não se expõe. Tenta esconder-se. Considera que apoderar-se de uma porção, em todo o negócio que faz, é um direito.

A porcentagem que retira é um insignificante pagamento pelos seus serviços e apenas uma ligeira apropriação do que lhe pertence. Sabe acumular riquezas. E quanto mais tem, mais deseja ter. O que é facilitado pela ideia geral da população que pensa que só pode ser político quem é rico. Aumenta enormemente seu patrimônio e acha isso uma exigência da posição social que ocupa e do cargo que desempenha. Julga isso um legítimo prêmio de sua esperteza. E pensa: os outros só não fazem o mesmo, porque não podem! Viaja muito e faz gastos com sua família, compra carros novos dos melhores, põe sua residência nos trinques... e tudo com dinheiro público. Compra faturas falsas, trabalha com empresas fantasmas e suborna contabilistas especializados.


Considera-se um superdotado. Tão dotado que não se satisfaz só com uma mulher ou com um homem. O superfaturamento é coisa natural de quem governa. As licitações são dispensadas, porque seriam uma ofensa para os amigos que é preciso prestigiar. As pessoas aproveitam-se dele e afrouxam-no e ele afrouxa a burocracia com as verbas públicas que usa sem cerimônia.


O corrupto não tem transparência na gestão pública! É engenhoso e usa de todos os cuidados para que ninguém descubra suas falcatruas. Quando fala em administração, nunca é direito nem direto. Obriga a ler nas entrelinhas! Coloca tudo em nome e pessoas de alta confiança. Não tem coração. Tem carteira e é esta que lhe marca a direção. Não tem convicções. Vive de oportunidades. Não respeita compromissos. Prioriza a satisfação de sua ganância. Não tem sentimentos humanos. Apenas deseja lucros. Não promove a dignidade social. Prefere engordar as aparências. Procura não ostentar riquezas para melhor esconder sua maracutaia.


Mostra solenidade no andar, elegância no vestir, importância no trato e muita prudência em tudo que diz. Não espera ser convidado para ocupar cargos. Ele mesmo se propõe e com arrogância, porque precisa de aumentar suas riquezas. E vangloria-se de sua astúcia. Se é mulher, envaidece-se com isso!


O corrupto não sorri; agrada. Não cumprimenta; estende a mão. Não usa palavras para elogiar; apenas incensa com dádivas. Mas, ordinariamente, não liga para ninguém, nem para familiares. Não cede o lugar a ninguém; teme que alguém tome gosto pelo lugar que ocupa. Diz que não tem dinheiro; apenas um saldozinho bancário, (mas sem dizer em quantos bancos!). Nos seus negócios, não gosta de lidar com cheques; prefere dinheiro vivo que não é tão fácil descobrir para onde vai.


Julga-se um empresário bem sucedido. Logo que eleito, compra uma pasta para enfeitar seu porte. Passeia sua autoridade com sobranceria, dando a entender que é perito em muitos assuntos. Encosta-se a pessoas honestas para aproveitar sua sombra. Trata os subalternos com muita dureza e, em questão de honestidade, julga que não tem quem lhe chegue. Nem São Francisco! Pensa que é uma pessoa de sorte extrema e deve aproveitar toda a oportunidade para ter mais dinheiro. Pode precisar dele no futuro. Em inteligência, é superior a todos, por isso, deve permanecer no cargo o mais tempo possível. Oh! nojeira de corrupção!


 

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