Por: Herbert Lago Castelo Branco - foto
( Poeta e Escritor Chapadinhense )
Procuro conservar-me otimista. A experiência sugere receber com reservas os nomes dos postulantes à liderança da tal terceira via, com vista às eleições municipais de 2012.
Antes mesmo de analisar as motivações individuais de cada candidato, de diversas colorações partidárias, cabe lembrar que os mesmo não têm até agora um projeto de consenso, nem tampouco uma plataforma de governo.
Os postulantes a terceira via têm que saber o que querem para Chapadinha. Portanto, é preciso questionar se possuem projetos ou se só possuem projetos de poder e de prestígio.
Descreio de palavras mágicas, valendo-se de promessas mirabolantes, com as quais se tenta iludir a realidade. Afinal, alguém já se perguntou sobre o significado para as pessoas comuns da vitória da terceira via? Quais os benefícios que poderiam alcançar os mais pobres ignorados pelo sistema de saúde, que não tem água tratada e canalizada, onde o sanitário é a fossa ou o arbusto, o sabonete, a escova dental e o papel higiênico são produtos de luxo, e a economia rasteja no terreno infecundo da subsistência? A bem da verdade é desnecessário ir tão longe para perceber-se que a miséria econômica e política não é problema restrito a Chapadinha. Mas sem dúvida, a política implementada há décadas em Chapadinha exala odor de carniça aos que nela chafurdam como abutres, que aqui agem sem serem incomodados.
Todo empenho deve ser feito para assegurar um novo caminho para Chapadinha e a efetividade das regras que impõem formas de procedimento dos candidatos. Não deixando de examinar os aspectos moralizantes de cada um e não abrir mão do seu casticismo de ideais pela conveniência de resultados eleitorais, juntando os cacos somente para inviabilizar a insaciável fome de poder ínsita no caráter das duas principais lideranças política de Chapadinha, Magno e Isaías.