Recém-iniciado pelo MMA, com recursos do Fundo Nacional sob Mudanças do Clima, o Projeto Urad é coordenado pelo Departamento de Desenvolvimento Meio Rural Sustentável, do Ministério do Meio Ambiente, e surgiu da necessidade de alinhamento com o Estado e os Municípios para a devida utilização. A ideia do projeto é redirecionar recursos para implementar unidades que conciliam ações ambientais de recuperação de água, solo, com ações sociais, relacionadas à segurança hídrica, cisternas, poços, segurança energética (fogões ecológicos) e também o saneamento.
O outro lado do Projeto Urad são as ações produtivas, sustentáveis, que conservam o meio ambiente e geram renda, sendo desenhado para microbacias para atender, em média, 30 famílias. O Ministério pretende, ainda neste semestre, começar o trabalho, após a definição das áreas e contratação das empresas ou das organizações que vão fazer todas as atividades, sendo aplicado o dinheiro com os municípios, mesmo que seja com a execução por meio de ONGs, trabalhando com as pessoas e as comunidades.
Em visita a Chapadinha, de acordo com Valdemar Rodrigues, diretor de Desenvolvimento Rural Sustentável e Combate à Desertificação, o Ministério montou uma equipe e tentou dar uma atenção especial ao Nordeste e à desertificação porque é função do MMA implementar. “O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse para organizarmos uma unidade de trabalho, no caso, o Projeto Urad, para tentar levar melhorias para as comunidades do semiárido brasileiro. No Maranhão, em especial Chapadinha, não existem projetos aplicados, porém a região já possui estudos técnicos e indicativos de processos de desertificação. Chapadinha será o projeto piloto no estado do Maranhão com aplicação de recursos em valores até 560mil reais.”, assegurou Valdemar.
Segundo o Professor Doutor Telmo José Mendes, da Universidade Federal do Maranhão, Campus IV, especialista no assunto e ponto focal técnico do Governo do Maranhão na Comissão Nacional de Combate à Desertificação, o Projeto Urad é voltado para o semiárido, especialmente para as áreas mais atacadas e que sofrem risco de desertificação. “Existem ações no semiárido, a exemplo do Fundo Clima e do Programa Água Doce. Porém, se preocupar com áreas susceptíveis à desertificação com a integração destes projetos gera uma perspectiva de resultado mais efetivo, do ponto de vista da praticidade, para o homem do campo, minimizando o sofrimento causado, bem como se antecipando aos efeitos da desertificação”, ponderou o Professor Telmo José.
Para o prefeito Magno Bacelar, o Projeto Urad é de grande importância porque vai beneficiar áreas que estão em processo de degradação. “Um projeto como este que visa amenizar a degradação das áreas rurais e urbanas de Chapadinha também pode melhorar o padrão de vida de nossa população com ações sociais e produtivas da sociedade. A gente espera a vinda do projeto e que o mesmo seja realmente colocado em prática”, disse o prefeito.
O secretário de governo e Meio Ambiente, Eduardo Sá, acredita no projeto, porque o povo quer ver ação. “É um projeto grandioso porque diversas áreas serão atendidas em uma localidade. Queremos que o projeto saia da mesa e que a comunidade seja beneficiada. O Município de Chapadinha tem condições de atender, tem mão de obra, biólogos, agrônomos e zootecnistas que vão ajudar muito nesse projeto. O povo chapadinhense sempre esteve à espera de ações como essas, que além de tudo, visem o meio ambiente”, afirmou Eduardo Sá.
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