O médico Sérgio Barbosa (foto) que teve o procedimento questionado durante o atendimento à paciente Maria Concebida Sousa Pinto, foi à Rádio Mirante (local) na tarde desta segunda-feira (16) para falar sobre o caso.Sérgio - que começou sua fala lamentando a perda da vida humana e criticando a exploração política, a precipitação e o prejulgamento de alguns blogs locais - repetiu as informações prestadas ao G1 de que paciente já chegou ao hospital em trabalho de parto, que o bebê já estava sendo expelido com pernas e parte do quadril pra fora, mas com a cabeça ainda presa dentro da cavidade uterina.
O médico contou que o feto não tinha pulso no cordão umbilical, o que indicava morte e que não havia outra coisa a fazer a não ser cortar a cabeça da criança morta para salvar a mãe.
Os médicos Raimundo Santos Filho e Josué Portela acompanharam o colega e também falaram à reportagem. Raimundo disse já ter feito partos com a criança sentada, mas não com a complicação chamada “cabeça derradeira”, diante da qual Sergio Barbosa não teria outra saída e não ser agir exatamente como fez para salvar a vida da mãe. Josué Portela, que é médico legista e realizou perícia no cadáver da criança, também lamentou o ocorrido e reafirmou a correção do procedimento.
