GH Marmoraria & Vidraçaria

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Maranhão: A Vergonha Nacional

Imagens meramente ilustrativas
Entra governo e sai governo e o Maranhão nunca sai do atraso. Entra eleição e sai eleição e os ex-governadores mostram realizações que nunca tiraram o Maranhão do atraso.

Agora mesmo, Edison Lobão, João Alberto, Roseana Sarney, Zé Reinaldo e Jackson Lago, todos ex-governadores, se apresentam como salvadores do território. A maioria busca vaga de senador, mas o Maranhão, ao que parece, continuará no atraso.

O Ministério da Educação recebeu dados do IBGE que comprovam que temos mais de hum milhão de analfabetos. Somos o primeiro em índices de analfabetismo.

Todos os candidatos acima falam que revolucionaram o setor e os que estão candidatos e já foram governador prometem a melhor educação do Brasil para o Maranhão, a exemplo de Roseana Sarney, que a cada eleição promete uma verdadeira revolução.

São centenas de milhares de crianças que nunca foram a uma sala de aula, jovens que não conhecem uma escola e adultos que nunca tiveram a chance de aprender a ler ou escrever.

Das dez piores escolas públicas deste país, o Maranhão tem cinco. Somos os últimos na avaliação do Enem.

O IBGE é terrível e implacável. A cada levantamento nos joga na cara uma realidade dura que teima em nos perseguir. E olha que até presidente da República já tivemos.

Por cinco anos o maranhense José Sarney ocupou o mais alto posto público do País e continuamos no atraso. Somos um estado de miseráveis.

O IBGE constatou recentemente que o Maranhão é o pior estado do país na questão de esgotamento sanitário. Aqui na capital a rede de esgoto atinge menos de 50% da sua população. Mas de 70% das nossas praias estão poluídas por falta da rede de esgoto. Banhamos e nadamos em merda pura.

No setor de Saúde continuamos incomodando o vizinho estado do Piauí porque a nossa rede hospitalar é fraca e não atende a demanda. Não temos medicina preventiva. Somos um estado de doentes caminhando para a UTI no cortejo fúnebre das ambulâncias.

Ao contrário de fortaceler a rede municipal existente, o governo prefere fechá-la e anunciar a construção de outros novos. Tem algo de estranho em tudo disso. Alguém tá levando algo, como dizia um velho amigo.

Dos 72 hospitais prometidos, até agora um saiu do papel e funciona de forma precária. O resto é terreno ou armação parada no tempo. Só promessa para serem mostradas na propaganda eleitoral.

Sem entrar na área da segurança pública, que é uma lástima, agora mesmo nos deparamos com mais uma outra triste realidade.

Pesquisa oriunda do IFDM, índice que mede o desenvolvimento municipal, aponta que dos dez piores municípios do Brasil o Maranhão tem quatro.

Marajá do Sena pior cidade do país ocupa o 5.564º colocado com índice 0,3394, Aragunã com índice 0, 3636 ocupa o 5.560º colocado, Jenipapo dos Vieiras com índice 0,3588 ocupa o 5.561º e por fim, São Félix de Balsas, com índice 0,3669 como 5.559 colocado.

Somos, creio, um estado abençoado por Deus, mas amaldiçoado pelo homens. Somos governados por uma única família há 40 anos, quando saímos das rédeas do vitorinsmo, um outro câncer para o Maranhão.

Por fim, somos um estado marcado pelo fracasso, mas a esperança sustenta a nossa fé de que um dia haveremos de encontrar uma saída, um caminho que possa levar o Maranhão e a sua gente a viver de forma digna.

E a única saída se avizinha. A única arma que temos para transformar a realidade cruel encontra-se em nossas bolsas, nas nossa gavetas: o título eleitoral.

O Piauí mudou porque rompeu com o atraso. O Ceará cresceu depois de romper com o atraso. Pernanbuco avançou após vencer o atraso.

E nós, até quando iremos conviver com o atraso?

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