O Ministério da Educação divulgou números sobre a alfabetização dos alunos de escolas públicas no Brasil e apontou números alarmantes sobre o Maranhão. De cada 100 alunos do 3° ano do Ensino Fundamental que estudam em escolas públicas, somente 2 conseguem entender o que estão lendo. Há dificuldades para escrever e realizar contas básicas de matemática, como adição e subtração.
De acordo com o levantamento de Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), no Maranhão, 44% dos alunos de escola pública não estão alfabetizados, porque são capazes, apenas, de ler palavras com sílabas canônicas (uma vogal e uma consoante) e não canônicas. Elas estão no nível 1 de avaliação, o mais baixo da escala que vai até 4.
O Maranhão e o Amapá estão empatados com as maiores taxas de alunos em um nível inadequado de leitura do Brasil. A média nacional de alunos que ainda não sabem ler no 3º ano ficou em 22%. Os Estados com os melhores índices, neste quesito, são Minas Gerais e Santa Catarina, com 9%
Escrita
Quando o levantamento analisa se as crianças sabem escrever, os resultados também não são animadores para o Maranhão. Segundo o ministro da Educação, Renato Janine, a escala de escrita na ANA tem cinco níveis e os níveis 1, 2 e 3 são considerados de aprendizado inadequado. Somando os números do Maranhão, 61% dos alunos aprenderam menos do que o esperado.
Desse grupo, 24%, simplesmente, não sabem escrever ou tentam imitar a escrita com desenhos. Apenas 1% dos alunos do 3º do fundamental escrevem textos adequados ao final do ciclo de alfabetização. No quesito escrita, o Maranhão é o terceiro Estado do país com os piores resultados, perdendo para a Paraíba (63%) e Pará (65%).
O melhor exemplo vem, novamente, de Santa Catarina, com 86% dos alunos dentro do nível de aprendizado esperado e, apenas, 13% dos alunos em níveis considerados inadequados.
Matemática
O MEC dividiu em 4 os níveis de aprendizagem em matemática em todo o país. Os níveis 1 e 2 são considerados inadequados e, mais uma vez, o Maranhão decepcionou. No Estado, 84% das crianças do 3º ano do ensino fundamental ficaram em um nível considerado inadequado pelo ministério. Desse grupo, 48% ficou no nível 1 e 36% no nível 2.
No nível 1, o levantamento aponta que as crianças conseguem ler horas em um relógio digital, mas não conseguem, por exemplo, fazer uma conta de adição com três números. No nível 2, elas já conseguem completar sequências numéricas, como de 5 em 5, 10 em 10, mas não conseguem resolver problemas com números naturais maiores que 20.
O Maranhão, de acordo com a tabela, tem os piores resultados em matemática de todo o país, seguido do Amapá (83%) e Sergipe (82%). Os melhores resultados vieram de Minas Gerais, com 41% das crianças em um nível de aprendizagem adequado para a idade delas.
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Paulino Neves
De acordo com o levantamento do MEC, a cidade maranhense que mais “evoluiu” em educação foi o município de Paulino Neves, a 197 km de São Luís, desde o último levantamento da ANA, em 2013.
Os números apontam que o município reduziu de 72,9% para 45,3% o número de crianças do 3º ano fundamental que estão no nível mais baixo da escala de leitura e de 66,4% para 47,7% o índice de crianças no nível mais baixo do aprendizado de matemática.
A Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014 foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) na última quinta-feira (17). Tenha acesso aos dados divulgados clicando aqui.
*Com informações do portal G1
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