O Ministério da Educação (MEC), em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (19) em Brasília com o deputado federal Pedro Fernandes (PTB) - coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional - informou que por enquanto não há como repassar novos recursos para a manutenção do funcionamento da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). De acordo com o reitor da UFMA, Natalino Salgado, entrevistado por O Estado e que esteve presente ao encontro com o secretário-executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa, ficou acertado apenas o repasse de R$ 4 milhões dos R$ 9 milhões prometidos à instituição antes do agravamento da crise na universidade.
Segundo ele, os R$ 4 milhões serão “imprescindíveis” para a manutenção das obras ainda vigentes nos campi da instituição em São Luís e no interior do estado. Ainda conforme o dirigente, o MEC solicitou um prazo até o próximo mês para que a pasta viabilize novas verbas para a instituição federal no Maranhão. “Acertamos um novo encontro entre a UFMA e o Governo Federal para setembro deste ano. Até lá, o Ministério da Educação se prontificou a conseguir recursos para manter o custeio da instituição que, ainda neste momento, está inviável”, disse.
Hospital - Ainda de acordo com o reitor, as dificuldades de manutenção da atual estrutura da instituição se estendem ao hospital universitário. “Além dos cortes feitos pelo MEC, o Ministério da Saúde limitou o repasse para a viabilização dos projetos no hospital mantido pela UFMA. Nos próximos dias, vamos buscar estreitar os contatos com a pasta da saúde para também resolver esta situação”, disse Natalino Salgado.
Em entrevista a O Estado publicada dia 18 deste mês, o reitor Natalino Salgado informou que a UFMA “vive uma crise sem precedentes”, em virtude do corte – autorizado pelo Governo Federal - de mais de R$ 28 milhões da verba destinada à instituição. Ele confirmou, na ocasião, que pouco mais de 140 trabalhadores terceirizados da universidade e que prestavam serviços em diferentes setores, entre eles assessoria de comunicação, foram demitidos.
Considerando o que deixou de receber em 2014, pouco mais de R$ 34 milhões, e o corte de 50% no orçamento previsto inicialmente na Lei Orçamentária Anual (LOA), o déficit financeiro da UFMA é atualmente de R$ 109 milhões. Além disso, a UFMA também não recebeu os R$ 18 milhões previstos no orçamento e que seriam oriundos de emendas parlamentares.
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Ainda segundo o reitor, além dos danos administrativos e no andamento das obras, os cortes no orçamento da UFMA afetarão o funcionamento de serviços essenciais, como o restaurante universitário, a assistência estudantil e atividades de pesquisa, de extensão e programas especiais.
"Acertamos um novo encontro entre a UFMA e o Governo Federal para setembro deste ano. Até lá, o Ministério da Educação se prontificou a conseguir recursos para manter o custeio da instituição que, ainda neste momento, está inviável” - Natalino, reitor da UFMA.
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