
Esta ação é resultante das parcerias entre a Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp), Fundação Banco do Brasil, Instituto de Agronegócios do Maranhão, (Inagro), Serviço de Apoio às Pequenas e Médias Empresas do Estado do Maranhão, (Sebrae) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, (Senar).
O treinamento teve como objetivo principal, orientar aos participantes quanto a assistência aos agricultores familiares das comunidades ligadas aos municípios de Vargem Grande, Santa Quitéria, Chapadinha, Pirapemas, Itapecuru-Mirim, Nina Rodrigues e Brejo. Seiscentos pequenos produtores receberão, no período de um ano (12 meses), informações sobre tecnologias que envolvem a criação deste tipo de animais.
Os agentes participantes do curso na Paraíba, foram selecionados a partir das visitas nas localidades inseridas no Programa feitas por técnicos desta Agência. Além da seleção, a Agerp participará do Programa com a entrega de kits que será usado durante o manejo dos animais no campo.
Plano de Trabalho
O plano de trabalho prevê o envolvimento dos agentes de forma a suprir parte da limitação encontrada nos agricultores familiares com aptidão para a produção de ovinocaprinos. Além disso, eles terão a missão de disseminar conhecimentos sobre a produção e comercialização, agroecologia, sustentabilidade, financiamento rural, além de exercitá-los na prática junto aos beneficiários do projeto.
Também está previsto no Bioma Caatinga, a atuação dos técnicos como educadores sociais, buscando aliar teoria à prática a partir da realidade local, bem como orientar os agricultores no que diz respeito à produção agropecuária, promover a mobilização e articulação da comunidade rural em prol do desenvolvimento sócio-econômico e ambiental e de valorização da cultura local e finalmente, contribuir para o desenvolvimento integrado e sustentável.
O coordenador do Programa e técnico da Agerp, Mauro Borges, falou das aulas práticas realizadas no campo pelo técnico da Emater (PB), Aldomário Rodrigues, um dos maiores especialistas na prática e manejo da ovinocaprinocultura daquele estado.
"Espero que esta iniciativa venha mudar a realidade das comunidades envolvidas com qualidade e melhor poder de incrementação nas atividades executadas, como a produção do leite e carne e que em pouco tempo, tenhamos resultados positivos", ressaltou o presidente da Agerp, Jorge Fortes.
Já para o veterinário e coordenador da equipe, Mauro Borges, esta foi um excelente oportunidade para conhecer melhor a criação e o manejo destes animais. Borges destaca a cultura de caprinos e ovinos, onde segundo ele, é uma atividade tradicional no interior da Paraíba, que tem movimentado nos últimos sete anos mais de R$ 35 milhões no Estado, o que comprova, ainda segundo ele -, que a rusticidade desses animais e a adaptabilidade a climas áridos, permitem a disseminação de sua criação na Paraíba e de maneira geral, no Nordeste.
"Estou bastante otimista com o Programa e prevejo mudança na vida dos agricultores envolvidos no processo em bem pouco tempo", ressaltou.