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sexta-feira, 22 de junho de 2012

Alternância no Poder

*Por: Paulo Coêlho
Tenho observado o efeito neste início de campanha eleitoral da rodada de bolsa por parte de alguns candidatos. Algumas pessoas fazem uma leitura mais conveniente ao seu grupo político. Analistas acusam seus adversários de fazerem qualquer coisa pelo poder, o que soa como valsa para parcela da população e muitos eleitores se indignam e chegam a falar em “anular” seu voto. Se olharmos para pleitos passados, algumas composições que se anunciam nos faz sentir náuseas, em pensar ver no mesmo palco “de mãos dadas” pessoas que em eleições passadas se acusavam das mais horrendas práticas, acontece que a maioria da população pode descobrir seu limite, pois sabemos que uma aliança entre essas pessoas será devastadora para nossa cidade, e nossa população pagará uma conta muito cara. 

Sabemos que o Brasil cresce em todas as regiões, mas, em Chapadinha graças a sua localização geográfica o que atrai para nossa cidade alguns empreendimentos, porque o poder publico municipal não tem contribuído para o desenvolvimento de nosso município. Fato é que o Brasil tem mudado o eixo do crescimento que sempre esteve cravado no centro-sul do país. Hoje o nordeste cresce em ritmo acelerado. E nesse sentido esse crescimento se faz urgente para esta cidade?Com distribuição de qualidade de vida para TODA a população, coisa que nossos governantes simplesmente não sabem fazer. E não é por opção deles: é de sua natureza, está em seu DNA.


Por outro lado oposição imprimem às eleições deste ano, uma batalha “de vida ou morte para evitar a continuidade de um “governo” que se estende por quase doze anos. Tal continuidade trata-se da hegemonia de um PROJETO DE PODER para Chapadinha é o oposto de PROJETO DE GOVERNO. Nesse ponto. A feição do atual governo é semelhante à do antecessor, pois verifica-se a realização de obras eleitoreiras nessa pré campanha baseadas em projeções quantitativas. Chapadinha uma cidade com cerca de 80 mil habitantes jogados a própria sorte, pois nossa cidade sofre com a miséria, analfabetismo, falta de saúde, assistência social precária, problemas que permaneceram intactos, cercando uma ilhota de privilegiados. E não é visto os atuais inquilinos do poder governantes fazerem quase nada para mudar essa realidade e que é pior: “ainda vemos integrantes da imprensa defenderem esse tipo de prática”. Esses mesmos escribas que outrora viam mazelas, assim que os atuais governantes assumiram o poder esqueceram-se do conceito: a “saudável alternância no poder”.


No “governo do povo, pelo o povo, para o povo” – que é o conceito básico da democracia – é necessário, sim, praticar a “saudável alternância no poder”. Desde que não se transforme o governo em clube de “amigos”! Se continuar do jeito que está, sem a “saudável alternância no poder”, então ficaremos andando em círculos.

A “saudável alternância no poder” ainda é a opção “menos ruim”, mais progressista, pra dizer o mínimo. O que não pode é uma meia dúzia de privilegiados se aproveitarem da miséria do povo pagando com migalhas o voto dos incautos, e os corruptos e lacaios entre goles de champanhe e bocados de caviar, a custa do dinheiro publico. Agora dizer que estamos praticando a democracia porque todos podem dar sua opinião, o seu voto, é ir contra o princípio da democracia onde o povo quem detém o poder soberano no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos. Representantes livremente eleitos; o que não e o caso em voga, é o poder do povo e é fundamentada na noção de uma comunidade política em que as pessoas possuem o direito de participar dos processos políticos, de debater e decidir políticas na qual os direitos são universalizados a partir de princípios de liberdade de expressão, dignidade humana e direito de defesa. Democracia demanda participação, engajamento, e não aceitação de manipulações escusas.


Portanto, uma saudável alternância no poder se faz necessária, Chapadinha não suporta tanto casuísmo que traz consigo a alienação e como consequência a perda de dignidade por parte dos que alugam sua “consciência”, a alternância evita a perpetuidade de dirigentes que se limitam ao vício da caça ao voto, fato que desvirtua o caráter da democracia. Mandatários que permanecem no poder apesar de exercerem governos sem programa, administrações medíocres, sem realizações relevantes, Infelizmente, muitos podem se encantar com discursos elaborados, se iludir com carismas pessoais de sujeitos espertos e oportunistas, ou o pior, podem ser influenciada por auxílios financeiros de última hora ou pelos cabos eleitorais em eterna atividade, pelos núncios (anunciadores de plantão), verdadeira “tropa de choque” da política de uma administração manipuladora.


Dizer que mandatos seguidos seria reconhecimento; é personalismo da continuidade de mandatários no poder, como se fosse um "reizinho vitalício", dirigentes permanentes, bonecos de palanque com discursos vazios eleitoreiros de promessas futuras e "traquinagens" por quem está no exercício do poder.


*Cidadão Chapadinhense, Pedagogo, Professor Universitário e Especialista em Docência do Ensino Superior - Email: paulocoelhoma@yahoo.com.br

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