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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Participar é mais do que assistir, analisar é mais do que olhar!

Chapadinha sofre de apatia social. É preciso vitaminas de responsabilidade e vacinação contra o desinteresse. O futuro não pode depender só de profissionais políticos.

Voltaremos ao assunto, mais ampla e profundamente. Por hoje, apenas queremos acenar e abrir a porta ao debate. A situação do Município de Chapadinha é preocupante. Não pode continuar a ser tratada como assunto de propriedade privada de alguém que se habituou a fazer o que quer e nada acontece.

Chapadinha inchou. Tem mais habitantes, tem tido até invasões de terrenos para formar novos bairros. Chapadinha agora tem um Instituto Superior e uma Universidade e, por isso, pessoas mais conscientes. Chapadinha é o município, no Maranhão, que tem mais assentamentos da Reforma Agrária. Tem feito esforços na Educação para se atualizar. A construção está a um ritmo que admira. O comércio vende bem. Diga-se o que se disser, Chapadinha progride. Em alguns setores. Devagar. Mas em outros, é um Município atolado em promessas, vítima de politiquices prejudiciais. Faltam estruturas Públicas e infra-estruturas. As autoridades , na maior parte do tempo, estão ausentes da cidade. Algumas nem praticam. Tudo corre à revelia da lei e da ordem.

Vejamos:
1) -
É uma tristeza chegar aqui e deparar com uma Rodoviária daquele jeito. Meu Deus, que vergonha! Tal entrada da cidade, tal Rodoviária!;

2) - O patrimônio público é prejudicado por falta de criatividade e iniciativa pública. Só a Secretaria de Saúde paga, anualmente, de aluguéis, R$1.900.000,00. A quem?... E será verdade que faz ainda obras para melhorar prédios que não são Municipais? - É o caso do Hospital de São Francisco. A Secretaria de Obras Públicas e outras não têm máquinas próprias. Têm que as alugar para alguns trabalhos. Quem lucra com isso? E é de desconfiar, porque os aluguéis são feitos a pessoas ligadas à Prefeitura;

3) - O sistema de água está caótico. Macaoca não satisfaz. Estamos como em 1985. E a cidade triplicou. Os poços depressa estão inutilizados e os bairros sem água;

4) - A questão social está ao abandono. É um balão que a qualquer momento pode rebentar. Não há políticas públicas de segurança, de proteção à família, de combate ao tráfico de drogas, de luta contra o alcoolismo, de educação para a ordem no trânsito, de criação de espaços de recriação, de aplicação da lei do silêncio, de licenciamento de bares junto de escolas e em demasia nalguns locais...;

5) - Não há um cemitério público grande e bem cuidado. As Comissões de Manutenção existentes zelam a limpeza, mas, talvez, exagerem nas condições para enterramento de mortos;

6) - Falta planejamento de trabalhos. O Plano Diretório Municipal está guardado. A população, acossada pelo Agro-Negócio, invade terrenos, não deixando nem espaço para os prédios públicos. Não se sabe onde trabalham algumas Secretarias Municipais e quem é o Secretário;

7) - As estradas do interior estão ao abandono. Quando é feito algum reparo, logo fica pior do que estava, porque não há manutenção de nada;

8) - O sistema de Saúde está falido. Responsáveis estão mais ausentes que presentes e há postos de saúde esquecidos. A intervenção do Ministério Público no Conselho de Saúde veio revelar muita arbitrariedade que aí se praticava;

9) - A limpeza nos bairros está péssima. O aterro sanitário é uma lixeira impossível...;

10) - Alguns bairros, mesmo no Centro, estão com as avenidas cheias de covas e, no inverno, as águas das chuvas criam uma situação perigosa para a Saúde, por exemplo, no bairro Aparecida, perto da capela. Para já não falar na Avenida Ataliba Vieira de Almeida;

11) - Ainda se pratica em Chapadinha uma política de alienação incrível, pela informação e promoção de festinhas. E a Câmara assiste a tudo isto...;

12) - O Ginásio Esportivo e a Biblioteca (Farol da Educação) continuam sem serviço. Na deterioração;

13) - As contas que aparecem a público não são explicativas do dinheiro que vem e estão sendo reprovadas pelo Tribunal, além do sistema de compras ser extraordinariamente fechado;

14) - A agricultura ainda é no toco, e de mera subsistência. Enquanto nossos lavradores forem tão pobres não podemos falar em desenvolvimento chapadinhense.
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Pe. Pedro José

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