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sábado, 31 de outubro de 2009

Chapada Limpa em Chapadinha é Destaque em Rádio Holandesa

Este programa apresenta a resistência de extrativistas no leste do Maranhão à monocultura da soja. Mostra como um grupo de comunidades de Chapadinha, município distante 245 quilômetros da capital, São Luis, resistiu ao avanço de grileiros e sojicultores e conseguiu o reconhecimento da área como reserva extrativista. Com a terra assegurada, cuidam das matas e mantêm o modo de vida tradicional, sem dificuldades econômicas, nessa região que é a mais nova fronteira para o avanço da soja.

Por: Railda Herrero e Mario de Freitas
A Reserva Extrativista de Chapada Limpa, no município de Chapadinha, integra a bacia hidrográfica do Rio Munim, na região do Baixo Parnaíba Maranhense. A área apresenta características especiais, pois ali podem ser encontradas espécies típicas tanto da região amazônica quanto da caatinga.

As Reservas Extrativistas funcionam como Unidades de Conservação que têm como princípio o uso sustentável dos recursos naturais, envolvendo comunidades que sobrevivem do extrativismo e que participam das decisões a serem tomadas sobre a gestão da área.

Extrativistas e participantes do movimento em defesa do Baixo Parnaíba dão um retrato da área antes da chegada da soja nessa década. Falam das ameaças que sofreram, por não terem a titulação da terra onde sempre viveram. Relatam como se deu a chegada dos sojicultores, que provocou grande êxodo rural na região, e como conseguiram regularizar a reserva, melhorando a qualidade de vida dessas comunidades, mantendo o modo de vida tradicional.

Antônio Pedro Nascimento, uma das lideranças das comunidades da área, conta como a expansão da soja mudou a região. E como a conquista deles está inspirando outras comunidades a valorizarem o que têm. Ele explica como a vida deles tem melhorado, com a garantia da terra aos extrativistas, reafirmando que “hoje estamos praticamente livres e felizes”.

Nesse programa, o casal José Brás e dona Mazé, líderes na Reserva Extrativista Chapada Limpa, explica como é a vida dessas famílias na região. Dão detalhes sobre o cotidiano na reserva, coletando babaçu, bacuri e outros frutos da terra, fazendo compotas, vendendo, traçando estratégias para não encontrar nenhuma onça durante o trabalho. E falam da alegria de viver com os oito filhos na área que conseguiram preservar do avanço da monocultura.

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