Nada mais exemplar, no que se refere a concentração de terras e estrangulamento de comunidades em pouca extensão de terra, do que o caso da Suzano no Baixo Parnaíba. Antes a chamavam Paineiras, mas de 2008 para 2009 ela passou a se chamar Suzano. É a mesma empresa, tentando driblar possíveis comparações entre uma e outra ou entre o passado e o presente. Assim que a Paineiras ou a Suzano aportaram no Maranhão com incentivos fiscais e tudo mais ratificaram o propósito de plantar eucalipto para a produção de celulose. Que se saiba, o projeto gorou. Parte das plantações de eucalipto vão para as carvoarias e cerâmicas e o restante vai para São Paulo. Quanto de impostos se perde nesse esquema?
Boa mesmo a Paineiras ou a Suzano é em segurar terra, impedindo que a agricultura familiar trabalhe nela. No municipio de Brejo, Baixo Parnaíba maranhense, ela possuia sem apresentar documentação dez mil hectares de Chapada. Três sojicultores entraram na área e tomaram de conta de boa parte dela. A empresa fez alguma coisa? Fez nada. Se fosse um agricultor ou uma comunidade reivindicando terra aí seria diferente.
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por: Mayron Régis, jornalista Fórum Carajás pelo programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba
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