No Baixo Parnaíba maranhense, a solidariedade entre si e da parte de organizações não-governamentais talvez seja a grande arma que as comunidades agroextrativistas do bacuri, pequi e do babaçu carreguem a fim de manter as áreas de chapada e de baixões do avanço do agronegócio da soja, do eucalipto, da cana e do gado.
O “estar-na-chapada” é um “estar-no-mundo” ou “estar em um coletivo” como se constata em cada visita às comunidades sejam de Chapadinha, de Brejo, de Milagres do Maranhão, de Santa Quitéria, de Anapurus, de Mata Roma, de Buriti de Inácia Vaz e de Urbano Santos, em cada expressar de morador sobre a coleta do bacuri e sobre as áreas em que eles coletam esse bacuri e em cada bacurizal ou bacurizeiro solitário.
Todas as belas chapadas – a reserva extrativista da Chapada Limpa, município de Chapadinha – um bacurizal inimaginável e longínquo da Chapada Limpa II valorizado pelo senhor Osvaldo enquanto bacurizeiros em outra parte da chapada se chapavam com o vento que os empurrava de um lado para outro.
Todas as belas chapadas – as chapadas de São Raimundo e Bom Principio, município de Urbano Santos. Diferente do que se afirmava, nem todas as áreas de chapada de Urbano Santos caíram nas mãos da Paineiras ou dos plantadores de soja.
O STTR do município de Urbano Santos, as organizações não-governamentais e a igreja católica auxiliaram a comunidade de São Raimundo no pedido para que o Incra vistoriasse a área. Cada bacurizal fora brindado com uma expressão divertida que representava a coleta do bacuri – a latada da Maria Portasio em que cada cento de bacuri produzia sete quilos de polpa – a latada do Amarelinho – e a latada do Peixoto, onde há seis anos atrás se coletava 2.700 bacuris.
Todas as belas chapadas – a chapada da Guariba Gorda, município de Urbano Santos e bacia do Rio Preto. Terra do senhor Manoel e da senhora Teresinha, membros da Associação de Parteiras. Em volta de mais de 400 bacuris coletados sob um bacurizeiro, em uma manhã, o senhor Manoel xingava seus cunhados porque, utilizando-se de documentos falsos e com a ajuda de uma advogada da Paineiras, venderam a sua propriedade para uma dona de loja de material de construção de Chapadinha que os revendeu para o senhor Valmir.
Membros das comunidades de Buenos Aires, município de Urbano Santos, e Porções, município de Chapadinha, ficaram sabendo da compra da terra, mas na versão de quem fraudou. Para o senhor Domingos, de Porções, o senhor Valmir prometeu emprego na atividade de desmatamento e na queima das árvores de Cerrado nas baterias de carvoaria. Para os moradores de Buenos Aires foi afirmado que os irmãos da dona Teresinha venderam suas posses de terra.
O “estar-na-chapada” é um “estar-no-mundo” ou “estar em um coletivo” como se constata em cada visita às comunidades sejam de Chapadinha, de Brejo, de Milagres do Maranhão, de Santa Quitéria, de Anapurus, de Mata Roma, de Buriti de Inácia Vaz e de Urbano Santos, em cada expressar de morador sobre a coleta do bacuri e sobre as áreas em que eles coletam esse bacuri e em cada bacurizal ou bacurizeiro solitário.
Todas as belas chapadas – a reserva extrativista da Chapada Limpa, município de Chapadinha – um bacurizal inimaginável e longínquo da Chapada Limpa II valorizado pelo senhor Osvaldo enquanto bacurizeiros em outra parte da chapada se chapavam com o vento que os empurrava de um lado para outro.
Todas as belas chapadas – as chapadas de São Raimundo e Bom Principio, município de Urbano Santos. Diferente do que se afirmava, nem todas as áreas de chapada de Urbano Santos caíram nas mãos da Paineiras ou dos plantadores de soja.
O STTR do município de Urbano Santos, as organizações não-governamentais e a igreja católica auxiliaram a comunidade de São Raimundo no pedido para que o Incra vistoriasse a área. Cada bacurizal fora brindado com uma expressão divertida que representava a coleta do bacuri – a latada da Maria Portasio em que cada cento de bacuri produzia sete quilos de polpa – a latada do Amarelinho – e a latada do Peixoto, onde há seis anos atrás se coletava 2.700 bacuris.
Todas as belas chapadas – a chapada da Guariba Gorda, município de Urbano Santos e bacia do Rio Preto. Terra do senhor Manoel e da senhora Teresinha, membros da Associação de Parteiras. Em volta de mais de 400 bacuris coletados sob um bacurizeiro, em uma manhã, o senhor Manoel xingava seus cunhados porque, utilizando-se de documentos falsos e com a ajuda de uma advogada da Paineiras, venderam a sua propriedade para uma dona de loja de material de construção de Chapadinha que os revendeu para o senhor Valmir.
Membros das comunidades de Buenos Aires, município de Urbano Santos, e Porções, município de Chapadinha, ficaram sabendo da compra da terra, mas na versão de quem fraudou. Para o senhor Domingos, de Porções, o senhor Valmir prometeu emprego na atividade de desmatamento e na queima das árvores de Cerrado nas baterias de carvoaria. Para os moradores de Buenos Aires foi afirmado que os irmãos da dona Teresinha venderam suas posses de terra.
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Mayron Régis, jornalista Fórum Carajás
Esse texto faz parte do programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba, apoiado pela ICCO e realizado de forma conjunta com a SMDH, CCN e Fórum em Defesa do Baixo Parnaíba
Mayron Régis, jornalista Fórum Carajás
Esse texto faz parte do programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba, apoiado pela ICCO e realizado de forma conjunta com a SMDH, CCN e Fórum em Defesa do Baixo Parnaíba