
Dona Dudu, liderança do quilombo Saco das Almas, foi a primeira a apresentar denúncias à mesa. Ela destacou que o desmatamento tem destruído árvores frutíferas e medicinais, fundamentais para alimentação e saúde da comunidade. "Antes você podia fazer um suco de murici e buriti, que são ricos em vitaminas, ou fazer um chá de alecrim para curar tosse Hoje até a água está se acabando", reclamou Dona Dudu.
Entre as ações da Seir junto aos quilombolas, a partir de 2012, está a regularização de 50 áreas quilombolas por ano, em média, com prioridade para comunidades impactadas por grandes projetos. Desde já, a Secretaria também se comprometeu em verificar as situações denunciadas, promover o diálogo institucional com a Secretaria de Meio Ambiente e com o Instituto de Colonização e Terra Maranhão (Iterma) e prestar assessoramento técnico às comunidades.
Ao final da reunião, o Ministério Público Federal decidiu que vai cobrar, junto aos órgãos responsáveis pela concessão de licenças, a fiscalização das áreas naturais prejudicadas. O MPF também prometeu responsabilizar judicialmente aqueles que estiverem cometendo infrações ambientais no Baixo Parnaíba, instituindo a reparação dos danos causados aos recursos hídricos e às comunidades.
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