GH Marmoraria & Vidraçaria

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Grupo Missionário João Paulo II - Testemunho do Mês de Missão

Deixo-vos alguns sorrisos de esperança....

Por: Susana Marques - Foto ao lado

Esta foi a terceira vez que estive em Chapadinha....


Como foi bom regressar, rever amigos, voltar a sentir os abraços de carinho e amor de toda aquela gente!
Senti que regressar a Chapadinha é regressar a uma terra que já sinto como minha e nunca como este ano, isto fez tanto sentido para mim!

O Grupo Missionário João Paulo II trabalhou com a comunidade do bairro Areal, um bairro que para além de ser o maior da cidade, é também o que tem mais problemas sociais. Nas visitas porta-a-porta que o grupo fez diariamente, podemos ver que muitas das pessoas que vivem neste bairro têm problemas com droga e álcool, sendo que na sua grande maioria são jovens. Outro trabalho que fiz foi dar aulas de viola, um desafio que apesar de já não ser novo, tem sempre novidade, porque nunca sei que crianças vou encontrar...

Mais uma vez tive a difícil tarefa de dar aulas a crianças que não tinham uma viola para tocarem em casa. Muitas vezes eu própria me questionava se era importante elas terem ou não viola? Cheguei à conclusão que não...

O importante era elas estarem ocupadas, com algo que lhes fosse agradável, onde pudessem aprender alguma coisa e que as tirassem das ruas do bairro.
Marcou-me muito a passagem por este bairro, por um lado, pela violência com que algumas crianças eram tratadas, sem qualquer tipo de protecção, pela perda da dignidade da mulher, pela pobreza extrema que vi nalgumas casas onde entrei; por outro lado quando a mim me parecia que já não havia qualquer motivo para haver esperança, surgia pela porta uma criança com um sorriso enorme estampado no rosto, querendo brincar comigo. Só Deus pode actuar em todas estas pessoas, dando-lhes força para continuarem a lutar, ainda que à sua maneira!

Regresso a Portugal com a certeza de que em nenhum outro ano me custou tanto deixar Chapadinha como este ano. Há tanto para fazer, para trabalhar com aquele povo... Sem dúvida que o meu coração ficou em Chapadinha e todos os dias penso e rezo por todos aqueles que se cruzaram comigo!

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